Greve de ônibus no Rio de Janeiro é decretada para esta terça
MPT pediu para que categoria aguarde até a próxima segunda-feira para ver se negociações avançam
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Adamo Bazani, Diário do Transporte
Os motoristas e demais funcionários do sistema de ônibus municipais do Rio de Janeiro decidiram em assembleia na noite desta segunda (28) decretar greve para esta terça-feira, 29 de março de 2022.
O estado de greve foi decretado na última quinta-feira, 24 de março de 2022.
Os rodoviários dizem que estão sem reajuste salarial há três anos e ainda alegam que os valores dos benefícios precisam ser atualizados.
As viações, por sua vez, informam que há três anos estão sem reajuste tarifário, não há subsídios para o sistema e que a prefeitura não faz o combate ao transporte clandestino que impacto no equilíbrio econômico dos serviços.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, em mais uma tentativa de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) nesta segunda-feira (28), as empresas de ônibus não ofereceram proposta e ainda pediram a suspensão do estado de greve por 70 dias.
O MPT (Ministério Público do Trabalho) entendeu que este prazo de 70 dias é longo demais, mas pediu aos rodoviários para aguardarem até a próxima segunda-feira, 04 de abril de 2022, para ver se as negociações avançam.
Mas na assembleia, a categoria decidiu decretar a greve.
Em nota, o Rio Ônibus, sindicato que reúne as empresas, diz repudiar o movimento e que eventuais aumentos, neste momento, não depende apenas das companhias de transporte:
"O Rio Ônibus repudia o movimento grevista, que prejudicará toda a sociedade carioca. A ação, que tentou ser impedida pelo Rio Ônibus por liminar judicial, não resolve o problema da classe, e agrava a atual crise de mobilidade na cidade do Rio. Mesmo em meio às dificuldades financeiras já conhecidas pela população, as empresas têm priorizado o pagamento dos rodoviários e a manutenção de seus empregos. O reajuste de salários depende de ações externas, já que três dos quatro consórcios se encontram em Recuperação Judicial. O Rio Ônibus pede que os profissionais não façam adesão à paralisação e retomem seus postos de trabalho, atendendo a população, até que haja resultados dos diálogos mantidos com a Prefeitura, na busca por soluções para o setor."
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