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Sul

Professores gaúchos entram em greve contra pacote de medidas do governo

Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul entraram em greve nesta segunda-feira, 18, por tempo indeterminado. Eles protestam contra o pacote de medidas do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que inclui a reestruturação da carreira do magistério

(Foto: CPERS/Divulgação)
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247 - Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul entraram em greve nesta segunda-feira, 18, por tempo indeterminado. Eles protestam contra o pacote de medidas do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). 

Em conversa com a Rádio Guaíba, a presidente do Cpers, Helenir Schürer, declarou que muitas escolas estão recebendo os alunos nesta segunda para explicar a greve e os motivos da paralisação. 

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"Nós continuamos com ações nas câmaras de vereadores e hoje à tarde vamos conversar com deputados na Assembleia Legislativa. Quando os parlamentares perceberem os malefícios do pacote para a escola pública, tenho certeza de que poderemos reverter o quadro, mesmo sabendo que é preciso menos votos para a aprovação das propostas relacionadas ao magistério", disse Helenir. 

Leia, abaixo, o manifesto do Cepers sobre a paralisação:

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SE É GUERRA, É GREVE!

Estamos em greve por salário em dia, reajuste já e nem um direito a menos!

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Sabemos das dificuldades e das consequências de uma greve para a organização familiar, mas esperamos contar com a compreensão e apoio de cada pai, cada mãe e cada aluno.

Nós trabalhamos com amor, carregamos a escola pública nas costas, fazemos o possível e o impossível para realizar um bom trabalho e dar condições adequadas para nossos estudantes. Mas não vamos abrir mão da nossa dignidade.

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Eduardo Leite nos massacra. Além de aprofundar a política de atrasos e congelamento salariais, o governador quer acabar com o pouco que nos resta, atacando nossos direitos, nossas carreiras e nossos sonhos.

O governo fala em crise. Mas já estamos pagando por esta crise há muitos anos.

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Os gaúchos sobrevivem com alguns dos custos mais elevados do país na gasolina, no gás, na água e na alimentação. Os impostos aumentaram, mas amargamos perdas no poder de compra superiores a 30%.

Nossas escolas estão sucateadas e faltam recursos humanos, pois muitos não conseguem resistir à sobrecarga de trabalho e à humilhação de escolher entre comer e pagar as contas.

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Enquanto isso, bancos têm lucros recordes, empresas deixam de pagar bilhões em impostos e os privilégios dos altos salários continuam intocados.

Quem tem menos paga cada vez mais para sustentar a injustiça.

Tentam fazer da penúria dos educadores(as) um modelo para o trabalhador precarizado: dócil e servil, vitimado por uma crise fiscal insolúvel e sem alternativas fora da agenda neoliberal.

Somos usados para convencer a sociedade a aceitar qualquer medida, por mais virulenta que se apresente.

Mas a crise não é nossa, é do projeto neoliberal. A crise é o próprio projeto.

Por trás deste projeto está a intenção de acabar com a escola pública e os sonhos de milhões de gaúchos. Querem privatizar o ensino e cobrar das famílias a conta do acesso à educação. Não vamos deixar que isso aconteça.

Não há saída possível fora da mobilização coletiva. É tempo de redobrar as forças e as esperanças.

“Como programa”, escreveu Paulo Freire, “a desesperança nos imobiliza e nos faz sucumbir no fatalismo onde não é possível juntar as forças indispensáveis ao embate recriador do mundo”.

Por isso lutaremos, também no sentido freiriano, “com raiva, com amor, sem o que não há esperança”.

As sementes estão plantadas. Será uma greve maciça, entre as mais importantes da história da categoria. Nossas armas serão a mais firme e insubmissa resistência.

Nossa causa é justa e esperamos contar com o apoio de toda a sociedade. Lutaremos pelos nossos e pelos seus direitos. Pelo futuro da sua e das nossas famílias.

Nem uma escola aberta, nem um direito a menos.

Avante educadores, de pé!

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