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Sul

Trabalhadores da Renault protestam contra demissão de quase 800 operários

Ao todo, 747 trabalhadores foram demitidos. Entre eles, cerca de 40% que estavam afastados por motivos de saúde, de acordo com a entidade

Protesto de operários metalúrgicos (Foto: Rede Brasil Atual)
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Rede Brasil Atual - O Movimento Brasil Metalúrgico, que congrega dirigentes ligados a diversas centrais sindicais, realiza atos em frente às concessionárias da Renault de todo o país, nesta quinta-feira (30), em protesto contra as demissões da montadora em São José dos Pinhais, no Paraná. Em plena pandemia, a Renault negou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e decidiu encerrar o terceiro turno da produção. 

Ao todo, 747 trabalhadores foram demitidos. Entre eles, cerca de 40% que estavam afastados por motivos de saúde, de acordo com a entidade. Mas que agora, além de prejudicados por um cenário de crise econômica, também ficarão sem assistência médica. A montadora alega que adota “soluções de flexibilidade” desde o início da pandemia para enfrentar a queda nas vendas e a falta de perspectiva de retomada do mercado. 

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O sindicato rebate afirmando que R$ 12 bilhões foram concedidos à Renault e outras empresas do estado em incentivos fiscais, que preveem, em contrapartida, a manutenção do nível do emprego. Ainda segundo a entidade sindical, a montadora também aderiu ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda do governo federal. Pelo dispositivo, a empresa teve sua folha de pagamentos custeada com recursos públicos para mitigar os impactos econômicos da pandemia. 

Solidariedade 

Mesmo assim, a Renault segue intransigente na negociação com os trabalhadores, que completam 10 dias em greve. “Parece que é uma equipe nova que está medindo força com os trabalhadores, mas da pior maneira. Estão expondo os trabalhadores, neste momento de pandemia, à demissão, mandando embora quem está em tratamento médico. É um absurdo”, contesta o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. 

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Em entrevista a Glauco Faria, do Jornal Brasil Atual, Miguel explica que os protestos pelo país são para expor à população o que está acontecendo na montadora. “Claro que são manifestações pequenas, por causa da pandemia, o pessoal usará máscara, serão poucas pessoas. Mas diversos lugares vão chamar atenção para que a empresa sente para negociar de novo.”

Em solidariedade aos trabalhadores de São José dos Pinhais, ontem, os metalúrgicos da região de Osasco, na Grande São Paulo, protestaram contra as demissões da montadora. Na capital paulista, outros quatros atos já foram confirmados nas duas concessionárias do Ipiranga e no escritório da Vila Olímpia, zona sul. Assim como na Vila Guilherme, zona norte da cidade. 

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O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba também pressiona para que o governo estadual negocie com a Renault uma alternativa para as 747 demissões. O movimento já conta com apoio dos sindicatos da França e dos Estados Unidos, e da IndustriALL Global Union. E agora também busca contato com a montadora internacionalmente.

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