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José Ferreira

Presidente do Sindicato dos Bancários Rio

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2023: ano de reconstrução e de grandes desafios para todos os trabalhadores e trabalhadoras

"Teremos em 2023 e nos anos seguintes grandes desafios para as entidades de luta e de organização dos trabalhadores, em particular os sindicatos"

Centrais sindicais finalizam os preparativos para o chamado dia nacional de paralisação, marcado para 10 de novembro, sexta-feira da semana que vem, na véspera da entrada em vigor da Lei 13.467, de "reforma" da legislação trabalhista; com manifestações em locais de trabalho, a atividade inclui ainda atos de protesto, como o de São Paulo, que terá concentração às 9h30 na Praça da Sé, com passeata para a Avenida Paulista (Foto: Aquiles Lins)
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Os últimos quatro anos foram de intensos ataques ideológicos à democracia, aos direitos dos trabalhadores e à parte mais vulnerável e pobre da sociedade. Como exemplos das consequências trágicas desse difícil período que enfrentamos, além da retirada de direitos, temos as seguidas ações para enfraquecer as organizações de luta da classe trabalhadora, os sindicatos, com o objetivo de evitar que ela tenha o poder de se organizar e de reivindicar. Isso sem falar na vida de amigos, familiares e vizinhos que perdemos para a covid-19 por causa da campanha do atual presidente contra a vacina e a ciência e das fake news nas redes sociais. As lições foram duras e as marcas foram profundas, mas temos a oportunidade de olhar para o futuro e realimentar as esperanças.

Caminho alternativo

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No processo eleitoral de 2022, a sociedade brasileira se reencontrou com as urnas e construiu um caminho alternativo a toda essa política antipopular. A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva abre a perspectiva de uma retomada não apenas do desenvolvimento econômico e social do Brasil e de sua credibilidade internacional, para os quais será fundamental o fortalecimento dos bancos públicos, vencidos os fantasmas das privatizações evocados por Paulo Guedes. Temos a perspectiva também da retomada das lutas em favor dos direitos trabalhistas, assim como dos negros e negras, dos povos originários, da população LGBTQIA+ e das mulheres que sofreram com a política retrógrada que queria destinar a essa parcela da sociedade, que somada é a maioria, um papel de submissão e subserviência a um modelo de sociedade patriarcal e conservador.

Nossos desafios

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Eleito o novo governo, teremos em 2023 e nos anos seguintes grandes desafios para as entidades de luta e de organização dos trabalhadores, em particular os sindicatos, como a responsabilidade e a delicada missão de apoiar as medidas governamentais de interesse do país e, em outras situações, ocupar as ruas e pressionar para que as políticas públicas em favor dos trabalhadores e trabalhadoras sejam aprovadas pelos parlamentares e implementadas pelo governo. E, nesse sentido, reafirmamos a autonomia do movimento sindical.

Um exemplo dessas demandas são as urgentes e necessárias alterações na reforma trabalhista implementada durante os governos Temer e Bolsonaro, que trouxe enormes prejuízos aos trabalhadores e trabalhadoras, permitindo as terceirizações desenfreadas, inclusive das atividades-fim, precarizando as condições de trabalho e retirando dos sindicatos o poder de homologar as rescisões contratuais, por exemplo.

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 O Novo Ano traz também o desafio da garantia plena da democracia, da convivência pacífica entre os que pensam diferente. Isso exigirá de cada um de nós uma atuação constante para essa pacificação, isolando e punindo o extremismo golpista e terrorista, para que possamos voltar à normalidade democrática e criar a perspectiva de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. 

A nós do Sindicato dos Bancários do Rio, em conjunto com as demais entidades sindicais, federações e a Contraf-CUT, cabe também a missão histórica de fortalecer a organização dos trabalhadores e trabalhadoras no ramo financeiro diante das novas formas de atuação desse setor, com o crescimento das fintechs, de bancos e plataformas digitais e correspondentes bancários. Nesse contexto, estão a luta em defesa dos empregos, por melhores condições de trabalho e pelos direitos da população a um atendimento presencial de qualidade, especialmente para aqueles que têm mais dificuldade de acesso aos meios digitais, como os idosos. Essas conquistas passam pela contratação de mais funcionários nas agências e pela manutenção dessas unidades, que vêm sendo extintas pelos bancos.

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Que em 2023 não nos falte disposição de luta para continuarmos defendendo os bancários e bancárias diante da exploração e do desrespeito aos nossos direitos. E nossa categoria poderá sempre contar com o nosso Sindicato como espaço e instrumento dessa luta coletiva.

Feliz Ano Novo!

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José Ferreira

Presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

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