A nova embaixadora da Otan no Brasil; o país a caminho de ser bucha de canhão?
A América Latina não está livre desse risco, não apenas a Colômbia é uma parceira, como os militares brasileiros estão preparando a adesão do Brasil
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Se esse conflito com a Ucrânia tem algo positivo, foi que trouxe à baila a discussão sobre o papel da OTAN. A Organização do Tratado do Atlântico Norte é mais danosa aos seus Estados-membros, que aos seus “inimigos”. Os países membros são usados como bucha de canhão, perdem a soberania sendo obrigados a agir contra seus próprios interesses.
A América Latina não está livre desse risco, não apenas a Colômbia é uma parceira, como os militares brasileiros estão preparando a adesão do Brasil. Um relatório publicado pela think tank, Center for Strategic and International Studies, revela os planos e estratégias para o controle da América Latina, incluindo num possível Governo Lula.
Entre os pontos que mais chamam a atenção, está o aumento do uso de ONGs na guerra-híbrida, chantagem de empresários que apoiem os governos de esquerda, pois esses são mais propensos em aumentar acordos e parcerias com a China. Além disso, permitir que governos alinhados (extrema-direita) aos EUA usem forças militares contra suas populações, aumentar o conflito entre países vizinhos, como a jornalista Nathália Urban tem noticiado, Brasil 247.
Ainda mais grave é o fato que se recomenda aos EUA transferirem tropas do Hemisfério Oriental para o Ocidental – entenda como América Latina. [Leia o artigo:” Os EUA planejam aumentar os conflitos num Governo Lula e na América Latina”]. E é nesse caldo, que há uma possível preparação do Brasil à Otan.
A nova embaixadora dos EUA lotada no Brasil é Elizabeth Frawley Bagley. Houve jornalista que analisou a escolha da embaixadora, apenas como sendo mais uma milionária recebendo um cargo por financiar a campanha de Biden, porém, Bagley atuou em diversos cargos, mas seu maior trabalho foi o de ligação do Senado dos Estados Unidos para o “Alargamento da OTAN no Leste Europeu”.Durante o Governo Clinton, Bagley disse: “A OTAN e a UE devém estender gradualmente sua cobertura para o Leste. Os propósitos centrais da Aliança incluem não apenas a manutenção da rede transatlântica ligando e garantindo a segurança dos Estados aliados, mas também sustentando a segurança dos principais países a leste das fronteiras existentes da Aliança e atraindo a Rússia construtivamente para a Europa”. [Leia aqui]
Em sua posse como Representante Especial do Departamento de Estado para Parcerias Globais em 2019, declarou:
“será essencial à medida que incluirmos uma nova cultura de inclusão e acessibilidade em nosso trabalho com empresas, ONGs, fundações, comunidades religiosas e universidades, como campeão desse esforço, faremos das parcerias público-privadas um componente central da diplomacia”. [Leia aqui].
As indicações do preparo do Brasil à Otan
Os últimos embaixadores norte-americanos escolhidos para o Brasil, não foi por mero acaso.
Thomas A. Shannon -2010 a 2013 no Brasil - foi o momento da preparação da guerra-híbrida durante a Copa do Mundo brasileira. Antes de vir ao Brasil, Shanon atuou como o enviado a Honduras para negociar a crise no golpe sofrido por Manuel Zelaya.
Algumas das declarações de Shanon, enquanto lotado no Brasil, foram: O governo dos Estados Unidos acompanhava com bastante atenção — e preocupação — as iniciativas do governo brasileiro de criar um bloco político forte e coeso na América do Sul.
Especialmente na forma como a construtora Odebrecht havia se tornado parceira do governo nesses planos. [Leia aqui]. Outra: “a ajuda do governo de Barack Obama para os serviços de inteligência do Brasil é essencial para a Copa.” [Leia aqui].
Liliana Ayaldede – de 2013 a 2017 no Brasil-, foi o momento do golpe de 2016 sofrido por Dilma. Ayaldede já tinha experiência em golpes, foi embaixadora no Paraguai entre 2008 e 2011, golpe dado em Fernando Lugo.
Peter Michael McKinley – de 2017 a 2018 no Brasil-, foi o momento em que havia previsões de uma revolta popular no Brasil -protestos por Lula Livre etc. Com a eleição de Bolsonaro em 2018, McKinley foi substituído. Antes do Brasil, de 2014 a 2016, estava lotado em região de conflito, Afeganistão.
Todd Chapman – de 2020 a 2021 no Brasil – foi o momento do mandato de Bolsonaro, antes Chapman estava na embaixada do Equador entre 2016 a 2019. Foram os anos em que Lenín Moreno, governo fantoche dos EUA, governou após o lawfare ao Rafael Correa impedido de se candidatar.
Soma-se a isso, a declaração realizada por Bolsonaro em 15/06/19, no Rio Grande do Sul, “o Brasil foi aceito pelos Estados Unidos como um aliado extra-Otan, com a "aliança" o país terá mais assistência no campo militar e também no mercado de defesa. [Leia aqui].
Território estratégico que permite cobrir todo o Atlântico Sul e a Costa da África, os EUA já têm, é a Base de Alcântara.
Ano passado, os militares brasileiros pediram um aumento dos gastos na defesa de 2% do PIB, receberam 4% do PIB brasileiro. O argumento dos militares foi de que o Brasil precisava igualar seus gastos de defesa na mesma proporção dos países membros da OTAN. Todas essas indicações são indícios e suposições, não há uma prova cabal, mas... Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!
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