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Gustavo Yuri Bortoluci

Fotógrafo, sociólogo em formação, ativista político e ativista LGBTQIA+. Membro do Diretório do PDT Americana/SP

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A opinião e seu efeito destrutivo

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Mal entramos no mês do Orgulho LBGTQIA+ e já veio à tona um assunto desgastante, porém de muita importância na atualidade em nossa sociedade que, infelizmente, ainda mantém muitos padrões heteronormativos destrutivos. A famosa “opinião” que mascara o preconceito direcionado à população LGBTQIA+.

Não é de hoje que ouvimos em diversos setores da sociedade a famigerada frase: “Eu não aceito, mas respeito”. Essa frase normalmente é utilizada sempre antes que uma pessoa está prestes a destilar ódio e preconceito e faz com que a mesma se sinta imune ou blindada em ser julgada preconceituosa.

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Antes de nos aprofundar nesse assunto, é necessário entender que a disseminação dessas “opiniões” começou a surgir desde que a LGBTQfobia foi criminalizada, pois antes disso as pessoas podiam destilar seu ódio com tranquilidade em público e nos meios de comunicação sem a necessidade de mascarar seu preconceito. Porém com o crescimento da militância e o estrondoso aumento da propagação de informação através das mídias sociais o preconceito escancarado foi perdendo força e ganhando espaço para a maior e pior máscara na atualidade: A Opinião. Que infelizmente nossa lei de liberdade religiosa permite que a mesma seja criada e propagada dentro de igrejas e templos, o que dificulta e muito avançarmos na construção do respeito a comunidade LGBTQIA+.

Não podemos opinar sobre algo que não nos diz respeito, a opinião pode estar atrelada apenas a gostos culinários, cores, passeios, estilo musical, mas jamais sobre a existência de alguém que já nasce sofrendo com a falta de respeito e compreensão de sua sociedade às diferenças e pluralidades existentes. Também é necessário levar em conta que mesmo nos dizendo respeito a nossa opinião deve levar em conta a realidade e contexto o qual o sujeito de nossa opinião está inserido. A nossa realidade jamais deve ser referência para opinarmos sobre qualquer assunto.

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Se faz necessário também lembrar nossa sociedade de que todos esses discursos e “opiniões” são completamente destrutivos e perpetuam uma cultura de agressão ao que somos enquanto pertencentes à comunidade LGBTQIA+ num dos países que mais matam LGBT´S. ESSA OPINIÃO MATA!.

Por último e não menos importante é preciso entender que quem sofre com esse preconceito seja disfarçado ou explícito, não é obrigado a explicar nada para quem o agride. É obrigação de quem fere se conscientizar e reconstruir-se. Hoje vivemos em um momento em que a informação está a disposição em todos os canais possíveis, basta vontade em aprender e não cometer os mesmos erros.

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