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Olavo Brandão Carneiro

Doutor em Ciências Sociais em Desenvolvimento Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ)

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Alianças subordinadas com a direita vão recolocando a esquerda na Senzala

As elites almejam o retorno à normalidade, ao menos na política, onde os pobres escolham uma direita menos ruim, entre o ultraliberalismo ou o combo neofascismo + ultraliberalismo

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Após os resultados das eleições 2020 dois representantes do neofascismo e ultraliberalismo deram declarações importantes para entendermos o objetivo das classes dominantes para a esquerda brasileira.

Sérgio Moro no dia 15 de novembro escreveu em seu twitter que “o Psol tornou-se o partido de esquerda mais relevante”. O Psol, que partiu de patamar inicial muito baixo, cresceu e projetou lideranças. Porém, os números não sustentam a afirmação do líder do partido do judiciário.

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O vice-presidente da República Hamilton Mourão, defensor da ditadura e tortura, no dia 30 de novembro disse a imprensa que o PT precisa se reinventar e que Lula é passado.

Durante a maior parte da história brasileira, as elites destinaram ao povo um papel coadjuvante na definição dos rumos do Brasil. Tal papel seria escolher entre projetos e lideranças da direita, sendo massa de manobra ou bucha de canhão.

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A criação do PT nos anos 1980 subverteu esta dinâmica. Com muita luta ideológica, social e institucional foi forjado o principal instrumento brasileiro das classes trabalhadoras, com projeto e lideranças próprias.

Ao não conseguir manter o papel coadjuvante do povo nas regras da democracia liberal (existem outras formas de democracia, é bom lembrar), as burguesias nacional e internacional lançaram mão do golpe parlamentar, jurídico, midiático.

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O que parte da esquerda brasileira tem dificuldade de aceitar é que o golpe e seus resultados eleitorais de enfraquecimento institucional são frutos de uma derrota ideológica do campo progressista.

A partir de 2013 ocorreu um crescimento da adesão ao neoliberalismo, de que o PT quebrou o país, ao fundamentalismo, ao lavajatismo e sua criminalização da política. Essa adesão pôde ser sentida nas campanhas de rua nas eleições a partir de 2014, com ápice em 2018.

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Setores do PT e outros partidos possuem outro diagnóstico sobre a defensiva em que se encontra a esquerda. Consideram que o golpe só ocorreu pela inabilidade da companheira Dilma, que é preciso retomar alianças com a direita, deve-se tornar o programa do partido mais moderado, e que é hora de aposentar Lula e a história combativa do PT.

Aqui reside, na consequência prática, o ponto de encontro entre setores da esquerda com as declarações de Sérgio Moro e de Hamilton Mourão - recolocar o povo na senzala, sem projeto e sem instrumentos que ameacem os seus interesses.

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As elites almejam o retorno à normalidade, ao menos na política, onde os pobres escolham uma direita menos ruim, entre o ultraliberalismo ou o combo neofascismo + ultraliberalismo, podendo no máximo conquistar alguns mandatos e cargos.

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