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Julimar Roberto

Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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Aristides, o inestimável

Acusar Jair Bolsonaro de corrupto, miliciano, genocida, ladrão, assassino, fascista e nazista, não tem problema algum. Mas ‘Noivinha’, e ainda por cima do Aristides, dá cana na certa

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube)
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Por Julimar Roberto

Durante o último final de semana, o presidente Jair Bolsonaro esteve no Rio de Janeiro, em uma de suas inúmeras agendas sem a menor relevância para o Brasil e os brasileiros, participando da formatura de 391 cadetes das Agulhas Negras. Disso, ninguém quis saber. Mas todo mundo – do mundo – comentou como ele se doeu ao ser chamado de ‘Noivinha do Aristides’. 

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Acusá-lo de corrupto, miliciano, genocida, ladrão, assassino, fascista e nazista, não tem problema algum. Mas ‘Noivinha’, e ainda por cima do Aristides, dá cana na certa. 

O coitado só estava lá, às margens da Rodovia Presidente Dutra, acenando para os carros que passavam, todo despreocupado, sem nada para fazer na vida, quando passou uma mulher e gritou: “Noivinha do Aristides!”. 

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Não deu outra! Enfurecido, Bolsonaro vestiu a carapuça, que lhe serviu direitinho, e mandou a Polícia Rodoviária Federal interceptar o carro da acusadora e prendê-la em flagrante delito. Qual delito?

Muito já foi considerado a respeito do quanto o ex-capitão insiste em vociferar sobre sua virilidade e como questões sobre homossexualidade abalam suas frágeis estruturas. Também nunca passou despercebido seu péssimo hábito de desvalorizar e objetificar a mulher, demonstrando um total desprezo ao sexo feminino. Tais atitudes, diriam alguns freudianos, poderiam denotar algum enrusto, mas que somos nós para tentar entender o comportamento ininteligível – para não dizer insano – de Jair. 

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Quanto à moça que foi presa por desenterrar Aristides do passado longínquo de Bolsonaro, foi autuada pelo crime de injúria e terá que comparecer em juízo, mesmo seus advogados garantindo que o xingamento foi outro. 

Sobre Aristides, pouco se sabe além de que ele era instrutor de judô e acolheu Bolsonaro sob sua proteção quando o presidente ainda era apenas um jovem e indefeso cadete da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), lá pela década de 70.  

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Voltar à academia, visitar aquelas instalações tão familiares, relembrar bons momentos, talvez tenha deixado o presidente mais vulnerável e seu ‘calcanhar de Aquiles’ mais exposto. Sou capaz de imaginar até a trilha sonora: “Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes para esquecer...”.  

Por fim, em meio a tanto “mistééério” - como dizia dona Milu em Tieta -, fica a dica. Se você não quiser ser preso, chame o presidente de qualquer coisa, menos de “Noivinha do Aristides”. Combinado?  

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