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Edva Aguilar

Enfermeira especializada em oncologia aposentada.

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Barroso afirmou que o impeachment de Dilma foi golpe. E agora?

O ministro Barroso, ciente de que o impeachment da Dilma era inconstitucional, cometeu crime de prevaricação, explícito com a sua recente declaração à mídia

(Foto: Divulgação)
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No início deste mês o ministro Luís Roberto Barroso escreveu, em artigo para a edição de estréia da revista do CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), que o “motivo real” para o impeachment da presidenta DILMA VANA ROUSSEFF, DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, foi a FALTA DE APOIO POLÍTICO, não as pedaladas fiscais. Esse texto foi amplamente veiculado na mídia, a partir da coluna da jornalista Mônica Bergamo da Folha de SP. 

O fato é que, falta de apoio político, não é causa legítima e constitucional para impedir um presidente de continuar o seu mandato. Causa espanto e estranheza que um ministro, que fazia parte do Supremo Tribunal Federal na época do afastamento da presidenta Dilma, faça essa declaração apenas agora, mais de cinco anos do fato ocorrido. 

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STF é o poder da república encarregado de ZELAR PELA CONSTITUIÇÃO, ou seja, de coibir a prática de atos inconstitucionais. E um impeachment sem crime de responsabilidade é um ato absolutamente inconstitucional. 

A presidenta Dilma, logo após a sua saída definitiva, entrou com um MANDADO DE SEGURANÇA contra o seu afastamento. No entanto, esse processo não foi julgado e, quando o foi, o período de mandato da presidenta já estava encerrado e, por isso, declararam “perda do objeto”, ou seja, já não cabia anular o que já estaria encerrado. Um absurdo jurídico, moral, ético e contrário aos interesses da democracia. 

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O ministro Barroso, integrante do Supremo e ciente de que o impeachment da Dilma era INCONSTITUCIONAL, cometeu crime de PREVARICAÇÃO, explícito agora com a sua recente declaração à mídia. 

Certa dessa bandeira de luta, interpelei pessoalmente dois ministros do STF, Barroso e Gilmar Mendes, em um evento ocorrido em Massachusetts (EUA) em abril de 2017, o BRAZIL CONFERENCE HARVARD & MIT. Perguntei claramente a cada um deles: “Senhor Ministro, é incontestável que não houve crime de responsabilidade que justificasse o afastamento da Presidenta Dilma. Isso torna o seu impeachment inconstitucional. Por que o STF, como guardião da Constituição, não julgou o Mandado de Segurança da Presidenta, inocentando-a e restituindo-a ao cargo?” Ambos ficaram perplexos, atônitos, assustados com a clareza da pergunta e com a coragem de aborda-los e nada responderam. 

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Então, frente à PREVARICAÇÃO do ministro Barroso em ignorar a minha interpelação em 2017 e, agora, em 2022 afirmar à mídia que não houve crime, apenas “falta de apoio político”, entramos com uma AÇÃO MERAMENTE DECLARATÓRIA junto ao Supremo Tribunal Federal contra esse ministro, para que ele declare JUDICIALMENTE o que declarou à mídia, ou seja, que faça uma DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT DE 2016. 

Achamos importante a divulgação ampla desse Processo, para constrange-los e evitar que o engavetem. Com a Declaração de Nulidade será possível uma reconstrução nacional com o resgate da credibilidade na justiça e na democracia, da confiança nas instituições e a chance de tornar ilegais atos lesa-pátria que ocorreram na gestão ilegítima de Michel Temer, como a Reforma Trabalhista, o Teto de Gastos e o fatiamento da Petrobras. Além disso, não existe melhor antídoto para novos golpes do que punir e revogar golpes passados. 

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Eu convido vocês a fazerem o mesmo que nós fizemos. E também ao PT e outros partidos do campo progressista, assim como aos Movimentos Sociais e Sindicais, a entrarem com AÇÕES DE NULIDADE do Impeachment de 2016. E quem sabe se a Presidenta Dilma não aceita entrar com uma AÇÃO RESCISÓRIA DO MANDADO DE SEGURANÇA… São as armas jurídicas que temos e que precisamos usa-las amplamente.

Como disse Julio César - Alea Jacta Est - A sorte foi lançada.

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O nosso processo já foi aceito. O meu nome é Edva Aguilar. O advogado é o Dr. Rubens Rodrigues Francisco. O relator indicado foi o ministro André Mendonça.

Divulguem, por favor e vamos nos unir nessa tão importante tarefa. 

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