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Virgilio Almansur

Médico psiquiatra e psicanalista, músico e bacharel em direito, se dedica ao jornalismo e à ciência política

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Bastidores líquidos

Quando ingressamos na obra de Pedro Serrano, percebemos como novas mutações do poder e da política na atualidade foram se constituindo no autoritarismo líquido

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13a.VF de Curitiba e PCC, têm aproximação ao caso Adélio, naquilo que ofende o Direito e as garantias decorrentes e subsequentes. 

As manipulações do MP, com a troca de procurador responsável nessas últimas 48 horas, já indica outra referência que está, há cinco anos, no radar de expectantes indiretos: Marielle. 

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Lembram da Marielle? Quem mandou matá-la e por quê?

Mas… O que tem a ver essas três ocorrências? Táloko, meu???

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É no silêncio da grande mídia, corporativa, pecando na pobreza voluntária de seus repórteres, que podemos perceber a desenvoltura nos e dos arranjos tecidos à sorrelfa.

Wenceslau Braz, interior de S. Paulo, conecta-se à vara federal de Curitiba? Como? Nunca chegam respostas. Se você as tem, então me diga…

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Por que Adélio nunca pôde receber um familiar? Por que seu advogado nunca levou o caso para uma defesa, mínima que fosse, dentro dos parâmetros de um Devido Processo Legal? Você tem alguma resposta?

Por que a acusação abandonou os procedimentos quando das denúncias e à imputação de insanidade ao réu Adélio, visto dentro de certa normalidade, trocando cartas, mas sob restrições quase desumanas? Você tem uma resposta? Qualquer uma?

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PCC e Marielle ocupam os jornalões, naquilo que, mesmo sob notas de rodapé, poderiam trazer pressão verdadeira e desenvoltura jornalística. Nada!!!

Adélio foi manchete tímida desde 06/09/18. Teve o caso, implicações numa eleição já contaminada pelos belicosos homens das ff-armerdas, somados a uma operação que rendeu ao juizeco bastardo a medalha do pacificador, aquela mesma ostentada por Ustra, o brilhante patrono do inglório exército. 

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O sujeito foi condenado. As circunstâncias nebulosas, pouco ou nada renderam aos nobres repórteres dos nobres horários que mais se preocupam com a morte da bezerra. 

A turminha do PCC recorre, berra e pode sim gerar comoções; por sinal, próprias das máfias… No entanto, estertores outros surgem em meio a sigilos, quebras destes — e a mídia maisntream seleciona manchetes…

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Nenhuma clareza nas ocorrências e a cada nova notícia, avalanches que se superpõem e geram tumultos, advindos das enxurradas infinitas de ocorrências que parecem (ou são mesmo) fabricadas; adredemente preparadas e criadas…

PCC, ADÉLIO E MARIELLE, se conectam na farsesca obra que os anos ineterpuseram para a emergência de uma ditadura líquida. São significantes potentes. Cada um a sua maneira, servem ao objetivo do Estado apropriar-se ao bel prazer do bel prazer de godfathers enjaulados, estejam na caserna, clubes militares ou clubes de prisão segura e máxima. 

Pedro Serrano, após investigação detida de processos penais, exatamente aqueles de exceção em nosso século passado, o XX, onde uma ditadura jurídica do capital perpassava sentenças de teor morista-indigente, levou-o ao livro Golpismo e Autoritarismo na América Latina (Breve ensaio do Judiciário como instrumento de exceção).    

Direito do Estado, matéria sedutora nas cadeiras de assento e acento nas escolas de Direito, implica um conjunto ou elementos de uma entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial delimitada, conceito este que segue em constante evolução desde a Antiguidade e, embora a palavra Estado tenha tido sua primeira aparição na Itália, ela ainda possuía um significado bastante impreciso.

Contudo, quem introduziu efetivamente a expressão na literatura foi Maquiavel, em seu famoso livro “O príncipe”. Não é tarefa fácil investigar com precisão o aparecimento do significado de Estado, e em sua pertinácia, Serrano conseguiu alinhavar as mutações numa linha de tempo que deixa o leitor boquiaberto com as ocorrências desse novel século. 

Max Weber deu-nos uma definição interessante: “O Estado é uma relação de homens dominando homens, relação mantida por meio da violência legítima (isto é, considerada como legítima). Ele é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território”.

Quando ingressamos na obra de Pedro, percebemos como novas mutações do poder e da política na atualidade foram se constituindo no autoritarismo líquido. Diferente dos regimes ditatoriais do passado, caracterizados por tropas nas ruas e estados de sítio, os autoritários do século 21 são governos eleitos democraticamente, que produzem medidas de exceção por dentro da democracia e podem ser tão letais quanto aqueles. 

E são letais!!! 

Essas políticas simulam uma aparência de constitucionalidade, com operadores à prática jurídica e democrática, mas em realidade seu conteúdo material é tirânico, de persecução aos inimigos, não mais o “comunista”, mas a população jovem, negra e pobre da periferia, e também líderes políticos de esquerda. 

Pedro Serrano diz: “ — nesses processos, o réu é tratado não como um cidadão que errou, mas como um inimigo político”. 

Lendo-o, vi-me defronte a figuras que estiveram no cenário desses últimos dez anos. Não tenho a menor dúvida de que não há diferença alguma entre um Etchegoyen e Fernandinho Beira Mar. Nada distingue o tuiteiro Villas Bôas. Nada difere Moro de um escadinha ou Claudino Coelho, o Russão, feitor de sentenças a mando de Elias Maluco, assassinos de Tim Lopes. 

Lamentavelmente, a imprensa corporativa compra o bel prazer de replicar ignomínias e contribui ao crime. Gera figuras como Thomas Hagen, um personagem fictício do romance de 1969 de Mario Puzo, “O Poderoso Chefão”, e dos filmes de Francis Ford Coppola, interpretado magistralmente por Robert Duvall. Este era um consigliere da família Corleone e, mesmo fictício é desonroso com Puzo, aproximá-lo de um Wassef de bozo ou até mesmo de um Moro a serviço de famílias mafiosas. 

Lendo Serrano, em que pese literatura de pesquisa e de pesquisador imbatível, ali você encontrará a marginalidade que nossa imprensa ajuda a forjar…

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