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Pedro Paiva

Jornalista, mora em Nova York. Foi produtor e repórter do América News, jornal do canal internacional da Globo feito para a comunidade brasileiros nos Estados Unidos. É colaborador da Revista Híbrida e da USBRTV nos Estados Unidos. Acompanha a política estadunidense e outros temas importantes do país

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Biden na corda bamba entre inflação e recessão

"Recessão em ano eleitoral pode enterrar sonho de Biden de reeleição", escreve Pedro Paiva

Joe Biden (Foto: Reuters)
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Saiu hoje o mais novo relatório do FED (Federal Reserve), o Banco Central americano, sobre a inflação. A notícia é boa para a Casa Branca, com a taxa batendo 3,2% ao ano - 0,5 ponto abaixo da inflação de setembro.

De acordo com o Bureau de Estatísticas do Trabalho do governo americano, a maior responsável pela queda nos preços foi a gasolina. O valor do galão caiu 5% de setembro até outubro, e foi sentido nas bombas em todo o país.

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O FED, porém, não alterou a taxa básica de juros, que segue em 5,5%, considerada alta para os padrões do país. Essa foi a primeira vez em aproximadamente 2 anos que o Federal Reserve manteve a taxa anterior durante duas reuniões consecutivas.

A meta do FED é fazer com que a inflação chegue a 2% ao ano, mas o setor financeiro já prevê grande queda na taxa de juros durante os próximos meses. Isso porque a previsão é que a economia do país entre em recessão.

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De acordo com o UBS Investment Bank, o resfriamento da economia do país poderia levar a uma queda de 2,75 pontos na taxa de juros. Analistas mais conservadores falam que uma queda de 0,75% a partir do meio do ano que vem.

Em reuniões passadas, o presidente do FED falou abertamente da necessidade de aumentar o desemprego nos Estados Unidos para conter as altas salariais que estariam causando a inflação.

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O mercado de trabalho, no entanto, segue aquecido. O desemprego, de fato, aumentou, mas subiu de 3,4% em abril para 3,9% em outubro, seguindo extremamente baixo. O nível é semelhante ao pré-pandemia, de 3,5% em fevereiro de 2020.

Para Biden, a novidade é extremamente positiva e vem em um ótimo momento. Na última pesquisa do New York Times, divulgada no início do mês, 52% dos entrevistados afirmaram que a economia está indo mal, contra apenas 2% que afirmavam que o momento era excelente.

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Ainda segundo o mesmo levantamento, a maioria dos eleitores (59%) acreditam que Trump lida melhor com questões econômicas do que Biden (37%). Para muitos especialistas, a inflação é o problema principal, pois é sentida por todos.

Para o presidente, porém, uma recessão em um ano eleitoral pode ser a pá de terra final no seu sonho de reeleição. A inflação precisa cair, mas a taxa de juros também para que a economia não se resfrie de mais.

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