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Jeferson Miola

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Bolsonaro ainda é a principal cartada anti-Lula das elites

"Dando vida a Bolsonaro, as elites alimentam o motor da máquina de guerra dele e dos militares contra o Estado de Direito", escreve o colunista Jeferson Miola. "Antes de serem a favor do Brasil, são visceralmente anti-Lula, contra a esquerda e contra a perspectiva do povo brasileiro viver com dignidade e decência"

(Foto: REUTERS/Eduardo Munoz/Pool | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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Bolsonaro ainda é, hoje, a principal cartada anti-Lula no carteado das elites.

Mesmo com apenas cerca de 25% de votos válidos [Ipec, 23/9], ele continua sendo a opção mais forte do bloco dominante para enfrentar Lula nas urnas.

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Todas as demais 8 candidaturas que integram a mal apelidada “3ª via” [nome de fantasia do anti-Lula] e que estão sendo testadas desde o ano passado no laboratório do establishment não decolam. Alcançam, somadas, no máximo ao redor de 21% dos votos válidos.

Numa eleição que poderá ser decidida logo no 1º turno com a vitória do Lula, Bolsonaro ainda representa, portanto, o principal arsenal eleitoral das oligarquias, embora tenha menos da metade das intenções de votos do ex-presidente, que varia entre 53% e 56% dos votos válidos [quadro].

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quadro-bolsonaro

Até o Jornal Nacional da Globo reconheceu que Lula deverá vencer em 2022 já no 1º turno.

O establishment não consegue – e dificilmente conseguirá – emplacar alguma candidatura capaz de derrotar Lula, e por isso vê ameaçada a continuidade das políticas bolsonaristas ultraliberais que unificam todas suas frações no pacto de repartição do butim da guerra de saqueio do país.

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Apesar de ser “zero” a chance eleitoral do Bolsonaro, como sustenta o diretor do Vox Populi Marcos Coimbra, a possibilidade de instalação do processo de impeachment fica enfraquecida diante da inviabilidade de todas candidaturas de proveta.

Para as elites, é arriscado descartar seu principal trunfo eleitoral. Por isso dão sobrevida ao criminoso que causa repulsa ao mundo e que representa uma temível ameaça ao pouco que resta de democracia no país.

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Além da pulverização dos potenciais votos do Bolsonaro em caso de perda de direitos políticos [e provável prisão], o próprio Lula poderia se beneficiar com o deslocamento de segmentos do eleitorado, ampliando ainda mais a já folgada vantagem atual.

Somente nas hipóteses de farsa grosseira, ruptura institucional ou atentado à vida do Lula ele não retornará à presidência do Brasil em 1º de janeiro de 2023.

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Neste sentido, a opção de salvar Bolsonaro do impeachment ou do julgamento e condenação dele no Supremo pelos vários crimes cometidos, traduz a escolha das classes dominantes pelo caminho do caos, da violência política e da ruptura institucional. Tudo em nome da obsessão anti-Lula.

Dando vida a Bolsonaro, as elites alimentam o motor da máquina de guerra dele e dos militares contra o Estado de Direito.

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Estas oligarquias racistas não defendem um projeto de nação justa, soberana e democrática, apenas têm um plano de apropriação e acumulação obscena. Antes de serem a favor do Brasil, são visceralmente anti-Lula, contra a esquerda e contra a perspectiva do povo brasileiro viver com dignidade e decência.

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