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Giuliana Teixeira

Estudante de Serviço Social na Unifesp

3 artigos

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É de cair a panela da "bunda"

Temos que falar no desemprego, nos preços, na piora da vida. A maioria das pessoas não sabe o que é fascismo e não tem interesse - a vida dura não deixa

Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Dólar a R$ 4,50, gás a R$ 75,00, gasolina quase R$ 5,00, PIB alcança 1%, trabalho informal em 48% da população, estatística manipulada do número de desempregos, fim da CLT e Previdência Social, volta da fome, apoio à saúde privatizada, fuga de capitais, venda da Embraer, entrega do Pré-sal, privatização da Petrobrás, assassinato de Marielle, queima das reservas internacionais, fascismo, matança de indígenas, corte no Bolsa Família, facada fake, queimadas na Amazônia, vaza-jato, Law Fare, Queiroz, milícias, Adriano, “rachadinha”, 39 kg de cocaína, genocídio nas favelas, laranjas, chocolate, “Golden Shower”, discurso de Goebbels, “I love you Trump”, assassinato de líderes do MST, violência policial, ataque à comunidade LGBTQIA+, destruição das empresas nacionais, continência à bandeira americana, ameaça de fechamento do Congresso (golpe), apoio ao Golpe Militar de 64, censura à arte e liberdade de expressão... Por que há tanto individualismo em governar? Por que não se pensa e age em benefício da grande maioria da população?

A resposta é simples: plutocracia. A plutocracia é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Esta concentração de poder nas mãos da elite econômica é acompanhada de profunda desigualdade de renda e baixo grau de mobilidade social. Entretanto, essa elite é medrosa, visto que possibilita a reflexão acerca das feridas abertas que o País ainda possui. Por exemplo, por que censurar “Os Sertões”, de Euclides da Cunha? O livro-reportagem descreve como era a vida em Canudos e narra como o exército precisou de quatro expedições para dizimar a população de sertanejos mestiços que buscavam superar a pobreza. Incrível como 118 anos após a obra ser publicada, ela ainda causa incômodo.

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O mau governo não é apenas o aquele que adota más políticas - contra o desenvolvimento econômico e garantia dos direitos humanos -, mas também é aquele que não logra transformar suas políticas em realidade. O governo Bolsonarista é de fato o pior da história da democracia brasileira, porque suas políticas vão contrárias ao desenvolvimento econômico, político e social e, felizmente, pois é ineficaz; não consegue colocar em prática as políticas neofascistas e neoliberais que defende. O presidente já criou confusão com governadores, parlamentares, artistas, com a mídia e seus próprios apoiadores, internacionalmente. Tudo para tentar ocultar seu maior senão: não sabe administrar o Brasil - crescimento pífio, desemprego, dólar nas alturas, paralisação administrativa, econômica e social. 

Insisto na tese de que o governo tem que ser constrangido pelo viés econômico. Temos que falar no desemprego, nos preços, na piora da vida. A maioria das pessoas não sabe o que é fascismo e não tem interesse - a vida dura não deixa. Torrando no sol com currículo debaixo de braço, quem foi Goebbels?

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Antes, o preço da gasolina e do gás eram definidos pelo governo, desde 2016, o valor é definido pelos acionistas. Então, caro leitor, se você considera ser de direita e estar feliz, mas o preço da gasolina/gás incomoda-te, então você é pobre de direita sim. Ser de direita é defender políticas que facilitarão a vida de quem já tem uma vida fácil (acionistas) e dificultar a vida de quem precisa fazer cálculos para as despesas caberem no orçamento mensal. Rico de verdade nem sabe o preço do litro e até prefere que esteja cara, pois assim o trânsito diminui. 

Há saudade dos tempos que o Brasil foi governado por Lula e Dilma: o pobre comeu, comprou, viajou, teve carro, fez intercâmbio, pôde estudar numa faculdade federal ou privada, ter sua casa, pôde sonhar em ser gente. Posteriormente, quando eu ouvia Lula dizer: “a elite, a Veja, a Av. Paulista, todos odeiam o PT porque odeiam pobre dividindo o mesmo espaço com ele” achava, por vezes, exagero. Hoje, tenho certeza: a marca da elite brasiliense é o ódio ao pobre e amor à opressão exacerbada.

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