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Marcus Atalla

Graduação em Imagem e Som - UFSCAR, graduação em Direito - USF. Especialização em Jornalismo - FDA, especialização em Jornalismo Investigativo - FMU

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Elon Musk, o Darth Vader dos EUA, leva a guerra ao espaço

Elon Musk (Foto: Reuters/Hannibal Hanschke/Pool)
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No artigo anterior, “A guerra híbrida no Cazaquistão e o aumento da beligerância do Governo Biden”, mostrou-se o relatório produzido pela Atlantic Council , recomendando políticas mais belicosas contra à China e Rússia em todas as áreas possíveis. Entre as sugestões está: “a criação de normas internacionais para o ciberespaço e o espaço”. O objetivo é o uso de lawfare e de sanções econômicas.Em 2021 houve a quase colisão entre os dois satélites Starlink da SpaceX (Elon Musk) contra a Estação Espacial chinesa Tiangong. O que foi visto por muitos analistas como uma demonstração de guerra híbrida no espaço. Estes satélites operam na altitude de 500 quilômetros, subitamente e sem aviso manobraram para os 382 quilômetros.

O Bilionário Elon Musk e sua empresa Space X são usados como propaganda do sucesso das empresas privadas. Porém, observadores descobriram que muitos de seus projetos têm financiamento e profunda colaboração com os militares dos EUA, entre esses, o projeto Starlink.

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Musk pretende lançar uma constelação de pequenos satélites de baixo custo, ao todo 42.000. Até o momento estão em órbita mais de 1900. Os Starlinks são pequenos, baratos e densamente distribuídos, sendo controláveis a partir do solo. Contam com a capacidade de mirar e colidir intencionalmente com estações, satélites e naves espaciais de outros países.

Os chineses acreditam que os dois eventos de quase colisão, que obrigaram a estação Tiangong a manobrar, e colocaram em risco a vida dos dois taikonautas, foram propositais para testar a capacidade de detecção da indústria espacial chinesa. 

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O espaço é uma das novas zonas cinzentas na política de guerra dos Estados Unidos. (Zona cinzenta: atividades de um Estado prejudiciais a outro, mas que não é claro se é algo legal ou ilegal). É o retorno da Corrida Espacial da Guerra Fria, porém, desta vez não se trata de uma disputa ideológica para provar quem tem a melhor tecnologia. É uma corrida por recursos naturais que serão essenciais para o desenvolvimento futuro. 

A necessidade de energia é cada vez maior. As fontes de energia fósseis, não são apenas poluentes, mas também exigem logística e grandes infraestruturas atravessando diversos países, sejam gasodutos ou grandes embarcações.

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As energias renováveis – eólica, solar etc. – são intermitentes e não contínuas como necessário para a base energética de um país. As usinas de fissão nuclear – tecnologia atual - produzem uma abundância de lixo radioativo, além de serem um ponto fraco estratégico, um alvo fácil em caso de guerra.

Basta ver o imbróglio que se encontra a Europa neste momento. Os europeus estão sob risco da falta de energia até para aquecer suas casas no inverno. Ou, a guerra geopolítica em torno do Nord Stream 2, mesmo com a dependência energética da indústria alemã, que poderá perder a competitividade e estagnar seu desenvolvimento industrial. (Frozen Deutschland).

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Estamos vendo o início de uma nova corrida espacial, o Projeto Guerra nas Estrelas 2.0 será pela mineração do hélio-3 na Lua. Estima-se que a Lua tenha grandes reservas de metais de terras raras, titânio, alumínio, água e outros metais preciosos. Além das novas tecnologias que serão desenvolvidas no processo. 

O hélio 3 é considerado o combustível do futuro, permitirá o uso da fusão nuclear. Contrário da fissão nuclear, a fusão não gera nêutrons, e os prótons, com cargas positivas, podendo ser contidos por campos magnéticos. Não produz subprodutos radioativos e contaminantes.

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Acredita-se que haja 1 milhão de toneladas de Hélio 3 na Lua. 100 toneladas de He-3 correspondem a toda energia gerada no planeta durante 1 anos. 40g equivalem à queima de 5.000 toneladas de carvão. Sem falar na importância militar na conquista do espaço. 

Essa disputa não começou agora, os EUA tentaram bloquear o espaço à China, excluindo-a dos Acordos Artémis, que objetivavam princípios e diretrizes para a exploração espacial. Desde 2011, a Emenda Wolf proíbe a cooperação da NASA com a China sem prévia autorização do Congresso Americano. A Rússia se recusou a assinar o acordo, preferiu fazer uma parceria com a China. Ambas planejam estabelecer uma base lunar conjunta até 2027, oito anos antes do plano original (ILRS - Estação Internacional de Pesquisa Lunar). Os próximos territórios a serem contestados serão a área territorial espacial acima dos países e as jazidas ricas da Lua.

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Os principais países estão numa guerra tecnológica no desenvolvimento de supercondutores, computadores quânticos e exploração de hélio-3. Enquanto isso, o Brasil resolveu involuir para o fim do século dezenove. Uma plantation de soja, venda de carne, minérios e petróleo cru. Soma-se a destruição da indústria nacional, o fim das Universidades e projetos de pesquisas científicas. 

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