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José Roberto Mello

José Roberto Mello é jornalista

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Homenagens a Belchior são rejeitadas em Santa Cruz do Sul

Em 2022, quando completará 5 nos da morte de Belchior, o rapaz latino americano, sem dinheiro no bolso, não será lembrado na cidade de Santa Cruz do Sul

Belchior (Foto: Divulgação)
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Toda vez que amigos e fãs do cantor e compositor Belchior em Santa Cruz do Sul (RS) iniciam uma discussão para homenageá-lo suas redes sociais são abarrotadas de xingamentos feitos por manifestantes do gabinete do ódio.

O cantor, que escolheu viver naquela cidade os últimos anos de vida, morreu subitamente em abril de 2017. Lá passou alguns anos quase incógnata, ajudado por alguns santa-cruzenses. Recentemente um vereador propôs nominar rua ou praça no município, com seu nome mas retirou a propositura por pressão de eleitores.

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Cidadãos contrários à homenagem mandaram recados cheios de preconceitos, desde: “vocês não têm o que fazer? Homenagear um vagabundo, maconheiro? Além de taxarem o cantor como um cearense que não pagava as contas, e vivia de favor de pessoas de esquerda da cidade.

Em 2022, quando completará cinco nos da morte de Belchior, o rapaz latino americano, cearense, sem dinheiro no bolso, que fez muito sucesso no Brasil e no mundo, não será lembrado na cidade de Santa Cruz do Sul.

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O projeto que iria homenagear o cantor dando nome a um logradouro ou talvez a criação de um busto, o que poderia se tornar um ponto turístico no município, vai ficando no papel. E na lembrança de alguns que puderam conviver com ele, durante seu retiro no Vale do Taquari e Rio Pardo.

Para um grupo de munícipes de diversos setores da comunidade (sociólogos, historiadores, psicólogos empresários, estudantes, comerciários e etc) a saudade e a lembrança do nordestino que morreu no Sul, não vai ficar esquecida. Eles continuarão com o propósito. Não desistem, como a letra da música “Sujeito de sorte” que diz “Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro”.

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O cantor, que deixou um legado de composições lembradas de norte a sul do país, do Oiapoque ao Chuí, morreu em meio a muitos mistérios mas sempre lembrado em todo país.

Em maio de 2017, em artigo em Jornal da Cidade, o historiador Matheus Silva Skolaude defendia a construção de um monumento para homenagear Belchior. Até mesmo como forma de lembrar outros migrantes do Ceará, que lá também viveram.

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Em seu artigo, Matheus fala que a cidade, eminentemente ocupada por descendentes de alemães recebeu no início do século XX quase 100 cearenses, enviados pelo governo para ajudar ocupar terras devolutas. Assim como o famoso conterrâneo, muitos deles morreram no município, incógnatas. Dezenas em meio a uma epidemia de varíola, lá nos idos de 1900. Todos esquecidos pela história local.

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