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Regina de Aquino

Professora titular aposentada do DMAT-CCE-UFES

11 artigos

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Lulalá, brilha uma estrela...

O Brasil teve muitas estrelas na sua história mais recente. Tivemos a boa sorte de poder contar com líderes como Getúlio (o segundo), Juscelino, Goulart e Lula

Foto à dir.: Camilo Santana, Luiz Inácio Lula da Silva (no meio) e Elmano de Freitas (de barba) (Foto: Ricardo Stuckert)
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Eu já contei essa história aqui mas não custa repetir...afinal, são tantas as informações que nos atropelam e afogam nossas mentes, nesses dias atuais, que nosso computador de bordo tem que ter HD externo. A primeira vez que vi Lula, foi num comício na Cinelândia, no Rio de Janeiro, pelas diretas. Aplaudia tão entusiasmada esse operário dissertando sobre os direitos do trabalhador, que as pessoas em volta perguntaram se eu já o conhecia “Não, mas conheço suas ideias!”

Era o início dos anos 80, e as notícias vinham pelas pessoas, anúncios impressos em mimeógrafo e passados de mão em mão, nas ruas ou colados nos postes. Haviam alguns poucos folhetins e jornais, três ou quatro, que furavam a censura militar. Não havia internet, celular, redes sociais. Tudo passava pela censura mas o fôlego dos militares estava no fim e a resistência ao regime militar aumentava paulatinamente, com a reocupação dos espaços públicos e manifestação política nesses espaços.

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Acompanhei todos os atos pelas diretas no Rio, e chorei quando cheguei em casa depois do evento da Presidente Vargas, com um milhão de pessoas naquelas pistas. Uma colega de Brasília dizia que o jogo estava marcado, que as diretas não viriam, “não adiantava lutar por isso”… As diretas não vieram, mas a mobilização política nos levou a eleger uma constituinte progressista e moderna o suficiente para estabelecer o possível início de um regime democrático no país pautado pela criação do Estado de Bem-estar social. Incrível, não? Olhando em retrospectiva se percebe, que isso, também, foi roubado do povo brasileiro.

Encontrei Lula muitas vezes, na década de 90. Lula anda pelo país há muito tempo, e nos visitava com frequência na universidade. Ele queria saber tudo de tudo, curioso, perguntava sem parar. Até hoje, é assim, não é mesmo?

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Uma vez, eu o encontrei com estudantes, no vão da FFLCH, num bate-papo informal sobre como era a vida deles, os problemas, as dificuldades, os sonhos. Minha mãe, professora da escola fundamental, tem também muitas histórias dessas conversas nos sindicatos, assembleias, escolas. Mesmo quem nunca teve a chance de conversar pessoalmente com Lula, à mesa para um cafezinho ou na arquibancada da assembleia, na hora do lanche, acompanha a vida de Lula e conhece alguém que já conversou com ele.

A gente conhece Lula, suas convicções e contradições. E também, sua honradez, sua fé e suas crenças.

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A eleição de Lula no final de 2002 foi um momento libertador para o povo brasileiro. Enfim, vimos nossa constituição cidadã se realizando em forma de vida civil. O país cresceu economicamente, tomou posse de sua soberania, enfrentou a miséria e a pobreza, e foram atendidas todas as pautas da educação, repito, todas as pautas da Educação. Lula nos ouviu, a cada um de nós, professores e estudantes e pôs em prática tudo o que pedimos.

Deixado o governo, continuei a acompanhar Lula. Chorei junto pela perda de dona Marisa, me indignei com sua prisão, lhe enviei cartas, me senti amparada com a manifestação de Francisco, o papa, e vibrei muito com a denúncia jornalística de tudo que sabíamos ser verdade, mas não tínhamos como comprovar. Comemorei a decisão do STF e cada uma das 26 vitórias judiciais que Lula obteve. Lula não só não deve nada à Justiça mas comprovou sua inocência, ao contrário do que dizem por aí... Celebrei seu casamento e sua cara de apaixonado.

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No passado e ainda hoje, nos empenhamos na luta contra o autoritarismo e a supressão dos direitos civis. Nesses últimos tempos, fomos aviltados cotidianamente numa luta indigna contra a mediocridade, a mentira e a vilania apresentadas por figuras desconhecidas, figuras abjetas e nojentas, que brotaram da compostagem fétida formada pelas sobras da ditadura militar dos anos 60.

Amanhã, dia 2 de outubro de 2022, pela decisão e vontade soberana do povo brasileiro, veremos se fechar, mais uma vez, um ciclo da história do povo brasileiro, marcado, também, pelo cerceamento do livre pensar e agir, pela perda da soberania do Brasil, por mortes, fome e miséria do povo trabalhador.

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Iremos às urnas escolher pela vida, a esperança, a prosperidade e soberania do povo brasileiro. E, mais uma vez, podemos contar com um operário que acredita, e luta por isso há mais de 40 anos, que o povo brasileiro tem direito a uma vida digna e próspera.

O Brasil teve muitas estrelas na sua história mais recente. Tivemos a boa sorte de poder contar com líderes como Getúlio (o segundo), Juscelino, Goulart e Lula. Todos estrelas de primeira grandeza no céu do firmamento da história brasileira. Piegas? Não pense assim, é a melhor figura de linguagem para o momento.

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Lula lá, brilha nossa estrela.

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