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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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Menino do Brasil

É sabido que um povo doente, combalido, alimentado com informações tortas e maldosas, fácil de ser dominado, acaba sendo extremamente útil para determinados tipos de governos autoritários

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No meio dessa quarentena, que está longe para acabar, me veio na cabeça um pedaço da letra de uma música da Rita Lee que diz “Se a Debora Kerr que o Gregory Peck”. 

Como ficou somente esse fragmento da música na memória, recorri à Internet e encontrei a letra de “Flagra” da cantora, composta junto com Roberto de Carvalho no ano de 1982, e que a estrofe inteira diz o seguinte: “Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck / Não vou bancar o santinho / Minha garota é Mae West / Eu sou o Sheik Valentino”. 

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O pedaço, e depois a letra inteira dessa fantástica música, poderia remeter para diversos lugares e situações, mas num meandro abandonado da minha mente parou um nome: Gregory Peck.

Logo de cara me lembrei do filme “Os Canhões de Navarone”, que o Gregory Peck foi um dos protagonistas, e que assisti num cinema de bairro nos anos 60 na cidade de São Vicente, no litoral do Estado de São Paulo. Bons tempos aqueles, mas como estamos vivendo nesses dias de arrepiar o cabelo, me apareceram algumas imagens de um filme em que ele trabalhou, também, uns vinte anos depois dos “Canhões”, intitulado “Os Meninos do Brasil”.

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Segundo a sinopse existente na Wikipédia, a enciclopédia livre, esse filme com o título original em inglês “The Boys from Brazil”, de 1978, “O caçador de nazistas Ezra Lieberman segue a pista de criminosos de guerra até a América do Sul, onde descobre e tenta impedir um plano diabólico do cientista do III Reich Josef Mengele, que tenta criar clones de Adolf Hitler”. Gregory Peck interpreta, nada mais, nada menos, nessa história apavorante, o diabólico médico nazista Josef Mengele.

Por outro lado, é sabido que um povo doente, combalido, alimentado com informações tortas e maldosas, fácil de ser dominado, acaba sendo extremamente útil para determinados tipos de governos autoritários. E também não é mais novidade para ninguém que o atual presidente tem o perfil de uma pessoa racista, homofóbica, psicopata, misógina, necrófila, entre outras péssimas qualidades, pois parece que quer aniquilar de vez o povo que habita essa parte do planeta chamado Brasil. 

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Ou isso é um exagero?

Por exemplo, a sua fixação em querer armar a população para que ela resolva seus “próprios problemas” é de uma bestialidade tamanha e ele até já vem sendo qualificado como um anticristo por estudiosos no assunto, depois de seus dois antecessores, Napoleão e Hitler, de acordo com alguns escritos e profecias. 

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Mas se da ficção para a realidade o passo pode ser curto, será que esse “cidadão” poderia ser um “menino do Brasil”, ou “um clone do Adolf”, como vimos na tela do tenebroso filme “Os Meninos do Brasil”, protagonizado pelo Gregory Peck?

Vai saber!

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“Nem todos têm a capacidade e os meios de construir na medida do que gostariam. Mas todos, sem exceção, podem evitar os males dos realizadores sem escrúpulos, dos empreiteiros ambiciosos, dos que destroem tudo por onde passam no afã do lucro, numa política de cupidez e terra arrasada. Você pode não realizar seus sonhos mas deve fazer tudo para que outros não realizem seus pesadelos.” (Millôr Fernandes).

Para finalizar, uma última pergunta: será que estamos fazendo de fato “tudo para que outros não realizem” nossos pesadelos? 

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