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Marcus Atalla

Graduação em Imagem e Som - UFSCAR, graduação em Direito - USF. Especialização em Jornalismo - FDA, especialização em Jornalismo Investigativo - FMU

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Não importa quem vença a eleição, uma violência generalizada é um risco real

Não importa quem vença a eleição dos Estados Unidos, a divisão aumentará e uma violência generalizada é um risco real

Trump e Biden (Foto: Reuters)
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Publicado por VeritXpress

A Eurasia Group (EG), empresa de consultoria e análise de riscos, divulgou seu relatório anual de riscos para 2024. O documento afirma que independente de eleito, Biden ou Trump, as divisões internas nos EUA se intensificarão e o sistema democrático estadunidense será afetado. A EG lista as eleições estadunidenses como o risco número um ao mundo.

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O relatório vai além e afirma: o sistema político dos EUA é o mais disfuncional entre todas as democracias avançadas. O sistema político americano está seriamente dividido e a sua legitimidade e funcionalidade estão enfraquecidas. A confiança do público nas instituições essenciais, como o Congresso, o judiciário e a mídia, caiu para os níveis mais baixos já medidas; a polarização e as disputas partidárias atingiram os níveis mais altos de todos os tempos.

O documento continua, embora as forças armadas e a economia estadunidense ainda sejam fortes, a economia do país enfrentará mais fraqueza em 2024, pela intensificação da divisão política acentuada na disputa eleitoral.

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Se Trump, atualmente muito à frente de Biden, perder novamente nesta eleição, é provável que ele acuse fraude eleitoral e ponha as agências governamentais, já desacreditadas pela população, ainda mais em cheque. E se preso, seja para impedi-lo de concorrer ou após uma derrota eleitoral, os Estados Unidos podem enfrentar uma violência sem precedentes.

[O sistema eleitoral estadunidense permite que candidatos possam concorrer e tomar posse mesmo condenados e presos. No entanto, as cortes de dois estados proibiram sua candidatura. Uma clara manobra jurídica de impedir sua candidatura no tapetão. Trump recorreu à Suprema Corte do país, a qual terá a decisão final, e tem a maioria dos ministros conservadores com vários indicados por ele].

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Ademais, a EG prevê que Trump usará suas redes sociais e mídia amigável para “deslegitimar” o sistema judiciário de processá-lo e este movimento poderá perturbar ainda mais o processo eleitoral.

Por outro lado, se Biden perder a eleição, o relatório prevê que ele aceitará o resultado. Mas muitos democratas também questionarão a legitimidade de Trump e se recusarão a reconhecer sua vitória, alegando que a Constituição proíbe qualquer pessoa que “participe da rebelião” de ocupar cargos públicos.

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[Pelas leis estadunidenses, Trump estaria proibido concorrer às eleições se condenado por tentativa de golpe de Estado pela Invasão do Capitólio. Acontece que essa condenação não ocorreu, foram abertos 34 processos criminais por delitos muito menores.

Sendo claro, indiferentemente, se Trump vier a ser condenado por rebelião e/ou mais crimes futuramente, o fato é: estão usando de lawfare contra ele. Do evento no capitólio até as eleições no ano que vem, terão se passados quase 4 anos, tempo mais que suficiente para que o MP tivesse juntado provas e o judiciário o ter condenado].

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O relatório afirma que: não importa quem vença, a eleição de 2024 irá agravar as divisões internas, uma violência generalizada é um risco real.

Ian Bremer, presidente do Eurasia Group, escreveu que uma vez que o resultado da votação é essencialmente um sorteio (pelo menos por enquanto), a única certeza é que a estrutura social, o sistema político e o status internacional dos Estados Unidos continuarão a ser danificados.

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O relatório do EG enumera como o segundo lugar de maior risco os conflitos no Oriente-Médio pela possibilidade de uma escalada para outros países da região o conflito perpetrado por Israel contra a população palestina.

O terceiro risco vem da Ucrânia. O relatório acredita que a Ucrânia poderá de dividir “de fato” em 2024; se a Ucrânia não resolver rapidamente o problema da mão-de-obra, aumentar a produção de armas e formular uma estratégia militar mais realista, pode “perder” a guerra já no próximo ano.

 [O Ministro da Defesa russa, Sergei Shoigu, declarou recentemente que o conflito na Ucrânia só será encerrado em 2025].

[Putin deu a entender recentemente que a Rússia poderia aceitar que a fronteiras ucranianas retornassem como fora antes da tomada do território no período czarista russo. Ou seja, parte do atual território ucraniano ficaria com a Rússia e outra voltaria para Polônia, Moldávia, Romênia etc]. 

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