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Paulo Emilio

Jornalista com atuação em alguns dos principais veículos comunicação de Pernambuco e do país. Atualmente é editor e comentarista do Brasil 247

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Não se iluda, o opositor de Bolsonaro em 2022 é Alexandre de Moraes

"Moraes irá presidir o Tribunal Superior Eleitoral no próximo ano e, também, é o relator dos processos que correm na Corte contra o ocupante do Palácio do Planalto e seus filhos", aponta o jornalista Paulo Emilio, editor do 247

(Foto: STF | Isac Nóbrega/PR)
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Por Paulo Emilio 

Os discursos feitos por Jair Bolsonaro em Brasília e na Avenida Paulista neste 7 de setembro não deixam dúvida de que o grande opositor de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2002 não é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), ou qualquer outro que não seja o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado foi o principal alvo das manifestações antidemocráticas convocadas pelo ex-capitão. A razão é simples: Moraes irá presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo ano e, também, é o relator dos processos que correm na Corte contra o ocupante do Palácio do Planalto e seus filhos. 

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Este é o temor de Bolsonaro. Sem ter nada para mostrar à população - inflação em quase dois dígitos, mais de 14 milhões de desempregados, reformas que foram prometidas ao mercado e que nunca saíram do papel, com investidores estrangeiros cada vez mais distantes do Brasil, com mais de 580 mil mortos pela Covid-19 devido à inação do governo federal, com os filhos enrolados, ex-mulher e ex-assessores envolvidos em denúncias de rachadinhas e com a compra de mansões milionárias para a família, refém do Centrão, e, principalmente, em queda livre nas pesquisas eleitorais - só resta ao ex-capitão encontrar alguém para culpar pelo seu fracasso. Daí, o alvo: Alexandre de Moraes . 

Indicado para o cargo por Michel Temer, Moraes assumirá o cargo de presidente do TSE no próximo ano, tendo nas mãos o poder de decidir se aceitará ou não uma candidatura cheia de ataques à Constituição e eivada de suspeitas de irregularidades. Com Lula liderando com folga as pesquisas de intenção de voto, com a possibilidade de se tornar inelegível e sentindo o “bafo no cangote”, Bolsonaro apela para insuflar seus apoiadores ao ataque puro e simples contra as instituições e a democracia que o elegeu. Ao mesmo tempo em que faz isso, o ocupante do Palácio do Planalto não exerce a função para a qual foi eleito, que é a de governar e de apresentar alguma solução concreta para os problemas reais enfrentados pela população. 

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Ao defender o voto impresso - pauta já superada pelo Congresso - e ao afirmar que não mais cumprirá as decisões da Justiça, Bolsonaro não apenas solapa a democracia e a Constituição, mas prega um golpe aberto. Resta saber como os demais poderes, Legislativo e Judiciário, irão reagir, se com mais uma notinha de repúdio ou se posicionando de maneira firme e veemente em defesa do povo brasileiro, contra a retórica golpista que parece ganhar corpo pelo Brasil afora.

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