Nas mãos de Putin
A Ucrânia não pode vencer a Rússia de forma alguma. Após dois anos de conflito essa afirmação está amplamente comprovada
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Hoje, 24 de fevereiro de 2024, a guerra da Ucrânia completa dois anos de duração. E o conflito está como sempre esteve, nas mãos de Vladimir Putin. O presidente russo e o seu exército tem controle absoluto da situação. Nesse momento em que o mundo discute o genocídio palestino perpetrado por Israel e o fato de os EUA ter colocado o pé no freio em relação ao “financiamento” da Ucrânia, a nitidez sobre o teatro de operações é perfeita. Observação: As aspas apareceram porque não há financiamento direto a Ucrânia, mas, sim, as empresa estadunidenses que atuam nesse país no contexto bélico
Chegou o momento de os ucranianos perceberem o tamanho do erro que cometeram ao abdicar de sua soberania. É necessário aprender com a história, não houve ação militar em que os EUA estiveram envolvidos que não tenha sido em prol de seus próprios interesses. Isso ocorre também na Ucrânia.
Vamos relembrar. Muito antes da intensa crise na Praça Maidan, em 2014, quando a Otan e, por conseguinte, o ocidente, já desrespeitavam todos os limites de civilidade com a população rusófona na Ucrânia, o presidente Putin e sua chancelaria advertiram o aos navegantes irresponsáveis que não seria mais aceitável agressão alguma aos seus cidadãos do outro lado da fronteira. Foi o que aconteceu. Putin deixou tudo patente na recente entrevista a Tucker Carlson.
Hoje, dia 24 de fevereiro de 2024, os soldados russos berram a plenos pulmões aos seus adversários ucranianos: ‘entreguem-se agora e suas vidas serão poupadas’. A resposta quando negativa leva à morte imediata, simplesmente porque a diferença militar entre as nações é brutal. Há cerca de cinco soldados russos para cada militar ucraniano. Volodymyr Zelensky, ao contrário do que diz os Estados Unidos, comete crime humanitário contra a sua própria população e as gerações futuras que terão de arcar com os inimagináveis custos da guerra. Como é possível que uma Nação em situação de conflito e sem perspectiva de vitória, se negue a dialogar no mais alto nível diplomático com o seu oponente? Como denunciou Sergey Lavrov, premie russo, em visita ao Brasil para a conferência de chanceleres do G20, que ocorreu no Rio de Janeiro. “Nós queremos dialogar, mas a Ucrânia se nega”, declarou ele. Mais: tal condição está expressa em lei. Um presidente que assina norma com essa obrigação terá de, mais cedo ou mais tarde, prestar contas a um tribunal de transição. Ucrânia tem apenas uma saída da guerra: negociar diplomaticamente a sua rendição com a Rússia. O envio de recursos financeiros ou materiais a Ucrânia não resolverá o problema, absolutamente. A negociação evidentemente depende dos EUA. Será que o Império pretende empurrar o mundo para uma guerra total?
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