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Fernando Castilho

Arquiteto, professor e escritor. Autor de Depois que Descemos das Árvores, Um Humano Num Pálido Ponto Azul e Dilma, a Sangria Estancada

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Netanyahu impõe aos palestinos os mesmos horrores pelos quais o povo judeu passou

O risco é que Netanyahu seja o grande responsável de uma nova e grande onda de antissemitismo, o que seria desastroso para um povo que sofreu tanto

(Foto: Reuters )
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Em meu texto “Solução final contra o povo palestino? Será isso?, de 13 de outubro, defendi que o atentado terrorista do grupo Hamas caiu como uma luva para que o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, colocasse em prática seu plano de eliminar a Palestina do território israelense. Vale lembrar que ele apresentou à ONU um mapa onde já não se via a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

É fundamental afirmar que esse plano não tem nada a ver com o que o povo de Israel e os demais judeus mundo afora pensam sobre como resolver a questão da Palestina, muito pelo contrário, já que as pesquisas mostram que 86% dos israelenses não concordam com os atos do primeiro-ministro.

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O que está acontecendo neste momento, após os últimos bombardeios é genocídio pura e simplesmente. Casas, prédios de apartamentos e até hospitais estão sendo destruídos e a imagem que se vê agora na Faixa de Gaza é de um monte de escombros numa terra totalmente arrasada. A negativa em cessar fogo demonstra que o plano está em andamento e que não haverá recuo, mesmo após 8 mil palestinos mortos, a maioria crianças.

Se Netanyahu estivesse simplesmente jogando seus mísseis para destruir o Hamas, como explicar os ataques à Cisjordânia onde o grupo não existe?

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Sabemos que a maioria dos palestinos sairá de seus territórios para poder sobreviver como refugiados. Netanyahu, desta forma, parece empenhado em impingir aos ratos, como ele mesmo os chama, o genocídio do qual o povo judeu foi vítima durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, uma diáspora, talvez como forma de vingança ante as inúmeras diásporas pelas quais os judeus passaram ao longo de sua história.

E não para por aí.

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Segundo a Bíblia, foi Moisés quem libertou os escravos judeus do jugo do Egito e os conduziu durante 40 anos em busca da Terra Prometida. Agora, Netanyahu faz o caminho contrário, obrigando os palestinos a se refugiarem no Egito.

Como disse Karl Marx, “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.”

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É isso que estamos assistindo com muita reação das ruas mundo afora. O risco é que Netanyahu seja o grande responsável de uma nova e grande onda de antissemitismo, o que seria desastroso para um povo que sofreu tanto ao longo de sua história.

A ONU se vê totalmente imobilizada e desmoralizada ante a aliança incondicional EUA-Israel. Bastou um veto americano à proposta brasileira de cessar fogo e criar corredores humanitários.

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Muita gente está cobrando Lula para que tome atitudes mais drásticas contra Israel, nos moldes do que fizeram outros chefes de estado da América do Sul, mas é preciso lembrar que ainda há brasileiros em Gaza que precisam sair. Portanto, qualquer fala de Lula movida mais pela emoção do que pela razão diplomática, poderia colocar em risco essas vidas. Esperamos que, quando esses brasileiros enfim estejam em segurança, Lula faça uma declaração mais contundente contra Israel.

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