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Laís Vitória Cunha de Aguiar

Aos 16 anos passou a escrever para a ONG australiana Climate Tracker, que treina jovens para serem jornalistas climáticos, e com isso publicou para a EcoDebate e outros meios de comunicação. Participou dos Jornalistas Livres como freelancer e por um ano do Mídia Ninja. Publica eventualmente no Brasil 247 e Brasil De Fato. Formada em Línguas Estrangeiras Aplicadas ao Multilinguismo no Ciberespaço e coordena o Parlamento Mundial da Juventude no Brasil.

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O Brasil em Brasília

Apoiadores de Lula em frente ao Palácio do Planalto 01/01/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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O Brasil, nesse dia primeiro, chegou à Brasília depois de muitos anos: carro, avião, ônibus, é rara a visualização da espécie que votou no ex-presidente, e finalmente há diversidade entre os turistas que visitam a Esplanada dos Ministérios. O quadradinho não é mais tão quadrado assim. 

“Eu devo muito ao Lula, a faculdade da minha filha, consegui fazer minhas coisas, depois de tudo consegui arrumar um emprego, até me aposentei, consegui minha casa… E durante todo esse tempo nunca tinha vindo (a posse do Lula), aí eu falei: não, dessa vez não tem jeito.” - A senhora Heloísa Eliseu veio de ônibus de São Paulo, em uma viagem de dezesseis horas, como agradecimento ao presidente Lula, com sua filha. 

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Nos últimos anos, Brasília nunca esteve tão cheia de gente como nos últimos dias. Houve vários protestos com muitos caminhões, inclusive de carregar gado, mas gente? Não. O último protesto com maior participação foi contra a PEC de Corte dos Gastos (PEC 55), que colocou os serviços públicos (saúde, educação) em maus lençóis ao fixar o teto de gastos para que crescesse menos que a inflação. Foi colocado um prazo de vinte anos, então de 2016 até 2036, os gastos públicos do ano vigente deveriam ser corrigidos pela inflação até junho do ano anterior.  

Nesse protesto vieram milhares de manifestantes, entre estudantes e sindicalistas, mas ainda assim não foi tão grande como no dia primeiro, e nem tão diverso, já que as famílias vieram com suas crianças, com idosos, foi uma festa para todos. 

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Até coletivos de carnaval de rua como Nanotrio (@nanotrio1), lá da Bahia, vieram com um mini trio elétrico tocando e dançando. Foi um grande cortejo de grupos culturais dando boas-vindas ao governo de Lula e a um Ministério da Cultura reestruturado com, pela primeira vez, uma mulher negra à frente da pasta. Margareth Menezes virá ao Ministério com o maior orçamento da pasta na história, com 10 bilhões de reais.

Para Margareth Catarino, da Bahia, que participa do Nanotrio, “esse governo vai trazer de novo para os eixos, para os trilhos. Nós estamos nas ruas desde o Fora Temer, desde o golpe, e é importante que a gente trabalhe a cada dia, e é exatamente por isso que estamos aqui, para trazer força para esse guerreiro nordestino como nós.”

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Já para Consola Toledo, da Cia Artcum, de Taguatinga (Distrito Federal), “ A cultura popular foi menosprezada, o povo foi menosprezado, então nós estamos aqui hoje, de coração aberto, cheio de esperança num governo que vai olhar para todos.” Para saber mais sobre a Cia Artcum, assista à entrevista: 

Em uma fala concisa, e de certa forma resumindo o sentimento de todos os entrevistados, José Dirceu nos disse que estava ali “porque retoma o fio da história, a construção de um Brasil soberano, livre, e o povo volta ao governo, volta o Lula, que já nos governou duas vezes, o que é também um reencontro com a América Latina.”

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Ontem (dia 2/01) e hoje (3/03), temos a posse dos ministros diplomados no governo Lula. Entre muitas outras memoráveis, tivemos ontem a da Margareth Menezes, cuja fila para entrar começou 17h (e o evento era só 20h), Flávio Dino, Haddad, Alexandre Padilha, Rui Costa. 

José Peron, do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, veio para a posse de Lula e de Rui Costa, ministro da Casa Civil, “vim como um militante para posse de Lula, vê-lo subindo a rampa foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida (...), estou muito esperançoso com a retomada do Brasil, espero que o Brasil volte a crescer, a distribuir renda, cuidar do meio-ambiente, valorizar as pessoas.” 

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Para o ministro Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, há quatro grandes missões para se cuidar dentro de seu ministério, porém esses eixos são tão importantes para a sociedade no geral que acredito serem merecedores de menção:  

  1. Democracia: “defesa da democracia não é apenas um esforço político e ideológico, não é apenas uma manifestação de projeto político de um partido, é a única forma da gente poder construir de forma civilizada e respeitar as divergências, a diversidade, posições contrárias com as quais somos melhores, com as quais o Brasil é melhor, com as quais o Brasil dá conta de cuidar dos desafios.” 
  2. Diálogo: “esse governo liderado pelo presidente Lula e vice-presidente Alckmin é o governo do diálogo, não existe alguém aqui que vai falar de metralhar a oposição. Essa época acabou. Nós teremos diálogo e respeito com a oposição.”
  3. Instituições: “o que garante o bom convívio da sociedade são as instituições virtuosas, as instituições têm que ser virtuosas e respeitadas (...) É preciso criar um novo ambiente de relação institucional no país, de respeito aos poderes, de respeito às instituições.” 
  4. Cuidar do povo: “urgência para combater a fome, urgência para combater a fila do SUS, urgência para reconstruir as estruturas ambientais (...), urgência para construir políticas públicas para populações vulneráveis, combater o racismo, proteger os indígenas, proteger as mulheres que são maioria da população e elegeram o presidente Lula, defender os direitos urbanos, saúde para as contas públicas, responsabilidade fiscal (...)” 

É com ar de esperança e renovação que Brasília recomeça seu novo ciclo. Esperemos que o governo consiga manter esses quatro pilares fortes para que o Brasil se veja representado em Brasília.  

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