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Carla Teixeira

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História Membro do Conselho Editorial da Revista Temporalidades - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

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O capetão no inferno da pandemia

Após 10 meses de pandemia, é evidente que falta competência e planejamento do governo federal para impedir que a atual tragédia que abate a capital do Amazonas se repita no restante do país. É importante lembrar que a primeira onda da Covid-19 também começou em Manaus antes de atingir os outros estados

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A segunda onda da Covid-19, no Brasil, chegou ainda mais violenta. Se há três semanas atrás comerciantes de Manaus foram às ruas, com o apoio e incentivo de bolsonaristas[1], para pedir a reabertura do comércio após o governo do estado ter decretado seu fechamento, hoje percebemos o resultado trágico: dezenas de pessoas sufocando em leitos superlotados de hospitais por falta de oxigênio. A fábrica da região produz apenas um terço do que atualmente é necessário, por dia, para manter vivos os pacientes em estado grave nas UTIs da capital do Amazonas. Médicos e profissionais de saúde se revezam para ambuzar (ventilar manualmente) os pacientes que ainda resistem ao morticínio.

Bolsonaro se exime da responsabilidade enquanto seu general da saúde, Pazuello, culpa as chuvas e a falta de tratamento precoce (que a ciência já provou ser ineficaz) como responsáveis pela crise sanitária e humanitária que atinge a cidade. Sua ação mais contundente foi ter enviado 6% do oxigênio necessário para um dia nas UTIs de Manaus[2]. Diante da situação de calamidade, a solução encontrada pela empresa que produz oxigênio na região foi importar o produto da Venezuela. Ironia das ironias, o “ditador”, Nicolás Maduro, salva a vida dos brasileiros enquanto o presidente da República nada faz.

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Após a primeira onda da doença, o governo federal precisava ter efetivado um planejamento para aquisição de seringas, agulhas, vacinas, cilindros de oxigênios e leitos de UTI. Nada disso foi feito. O general “bom de logística” apenas mostrou que bate continência como ninguém. Segue na boquinha do ministério da saúde (cuja atual função é abreviar a vida dos brasileiros), mamando na teta do governo até que seque, enquanto sua população morre asfixiada no pulmão do mundo. O “Gordo Favorito”[3]do presidente conhece as regras: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. No inferno da pandemia, a mais alta patente é a do capetão.

Jair Bolsonaro é uma ameaça de morte à população, às instituições e ao Brasil. A responsabilidade pela crise deve ser creditada a ele que desde o primeiro momento sabotou as medidas que buscavam conter a disseminação do vírus, minimizou a doença como uma “gripezinha”, se recusou a tomar medidas para se proteger e proteger as pessoas, disseminou e segue difundindo informações falsas, promovendo remédios sem eficácia comprovada depois de ter tentado impedir os estados de impor regras de distanciamento social. No percurso genocida, demitiu dois ministros da saúde por terem defendido recomendações científicas para o controle da crise sanitária e utilizou a administração para ocultar os dados sobre as consequências da pandemia para o público[4]. Preconiza o caos e semeia a discórdia em todos os níveis, se alimentando, como uma draga, da vida dos brasileiros que sucumbem à gravidade da crise que ele se recusa a enxergar.

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Mas o inferno da pandemia é feito de muitas criaturas degeneradas: as “Fofas Amadas” da boquinha, composta pelos incompetentes generais bolsonaristas que assumem a coautoria no morticínio; o Congresso Nacional, na figura do mais recente barnabé da oposição, Rodrigo Maia (o Botafogo), que se mantém confortavelmente sentado em cima de mais de 60 pedidos de impeachment do presidente, enquanto solta notas de repúdio e twittes como um genuíno militante de sofá; o Supremo Tribunal Federal, conivente com a farsa jurídica que assola o país na pessoa de Lula, cuja perseguição política travestida de processos judiciais (lawfare) resultou na eleição do atual genocida.

Após 10 meses de pandemia, é evidente que falta competência e planejamento do governo federal para impedir que a atual tragédia que abate a capital do Amazonas se repita no restante do país. É importante lembrar que a primeira onda da Covid-19 também começou em Manaus antes de atingir os outros estados. Os atrasos na aquisição das vacinas, a falta de seringas e agulhas e o crescente número de mortos são a prova de que o presidente da República não tem condições de governar o Brasil diante da pior crise da história das gerações vivas. O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal precisam assumir a responsabilidade e agir para proteger o Brasil e os brasileiros do genocídio que está sendo praticado por Jair Bolsonaro e os seus submissos generais. Impeachment já! Para libertar o Brasil do capetão e impor um fim definitivo a este inferno de pandemia.

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[1] https://www.brasil247.com/brasil/eduardo-bolsonaro-e-bia-kicis-celebraram-reabertura-do-comercio-em-manaus [2] https://jornalggn.com.br/noticia/governo-bolsonaro-ajudou-a-transportar-so-6-do-oxigenio-que-manaus-precisa-por-dia/ [3] https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-se-refere-a-pazuello-como-meu-gorducho-favorito [4]Relatório publicado pela Organização Não-Governamental Human, Rights Watch.

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