O neoliberalismo e a terra arrasada: a Argentina como espelho do Brasil
Dedicar nossa atenção sobre o que está sendo exposto e debatido no caso da Argentina vai nos ajudar a compreender melhor nossa própria situação e, com isso, encontrar formas de derrotar os eternos inimigos das maiorias populares

Fiz a tradução ao português e a legendagem deste documentário argentino de 2019 por uma razão que me pareceu essencial: a atualidade do mesmo para ajudar-nos a entender tudo pelo que o Brasil vem passando nos últimos cinco anos.
O desenrolar da narrativa do vídeo revela os mecanismos usados pelas forças atreladas aos interesses do grande capital quando decidem eliminar da cena política aquelas pessoas ou organizações que, além de oferecerem resistência aos mesmos, demonstram ter força e capacidade de incomodar.
A forma de atuar do imperialismo na era do capitalismo neoliberal apresenta muitas características semelhantes em quase todas as partes onde os interesses do grande capital desejam se sobrepor aos das maiorias populares. Os acontecimentos recentes no Brasil, no Equador, no Peru, na Bolívia, na Argentina, etc., não deixam margem para dúvidas quanto aos laços vinculantes entre todos eles.
Os agentes encarregados da gestão da defesa dos negócios do grande capital têm sabido fazer uso dos conhecimentos extraídos de experiências ocorridas em alguns países para estendê-las a outros. O emprego combinado de lawfare (uso persecutório do sistema judicial) com uma intensa manipulação midiática não é exclusividade de nenhum de nossos países. Parece até que existe uma cartilha de aceitação universal que eles vêm seguindo à risca.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEEm meu entender, a clareza exposta neste documentário sobre a tragédia que marcou o processo que levou o neoliberalismo de Mauricio Macri ao governo da Argentina vai nos ajudar a entender melhor também o sofrimento pelo qual o povo brasileiro está passando.
Por isso, dedicar nossa atenção sobre o que está sendo exposto e debatido no caso da Argentina vai nos ajudar a compreender melhor nossa própria situação e, com isso, encontrar formas de derrotar os eternos inimigos das maiorias populares.
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
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