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Iago dos Santos

Um negro que luta para entender o que significa ser negro. Crescido tanto em classe média quanto em uma comunidade, ele já vivenciou os dois Brasis do nosso grande Machado de Assis.

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O racismo institucional

O homem que se nega à política é um que nega a si mesmo. O negro deve politizar-se para poder reivindicar seus direitos

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Não basta apenas ser negro, é necessário saber o que isso implica. Da construção social de como os negros são formados e sua imagem é moldada, com base nos conceitos escravocratas antiquados. A resistência ao extermínio negro é uma que vem sendo uma luta desde o tempo da escravidão. O negro não é livre, está preso em construções e concepções de si próprio que lhe foram impostas. Vive preso na imagem que lhe deram e não aquela que realmente é.

Nosso silêncio diante do problema se converteu em estupidez.  A violência contra o negro deixou de ser impactante, uma vez que se tornou corriqueira, cotidiana, se integrou e enraizou na nossa sociedade como um tumor cancerígeno se espalha num homem doente. E como todo tumor, deve ser cortado pela raiz, removido cirurgicamente pelas instituições sociais, essas que escolhem fechar os olhos já que a realidade se tornou demasiadamente feia para se ver. Justo como na Europa, na época da Alemanha nazista, houve os famosos “colaboradores” de um sistema racista, existe hoje também esses mesmos colaboradores, que negam a clara evidência de um genocídio negro real e em andamento.

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Num país com depósitos de ouro e montanhas de onde a população segue vivendo como empregada. Seu patrão é a brutalidade, a corruptibilidade e má-influência, é tudo que leva o jovem preto da favela a sucumbir ao seu ambiente e entrar no tráfico. Não é possível dizer que não existe racismo de instituições, uma vez que as próprias instituições trabalham com todas as suas forças para manter esse sistema porcamente desigual e anti-civil.

Temos uma divisão de dois lados na sociedade. De um lado temos os que são lacaios, colaboradores desse sistema que querem seguir perpetuando o racismo de instituições e do outro temos aqueles que estão buscando se libertar dos caminhos traçados para eles.

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O único caminho que permanece aberto para isso é a colaboração com o racismo e a opressão do povo. Em suma, pode-se dizer que se não afrontarmos essa forma de abuso, seguiremos sendo abusados. Essa repressão sufocante é cansativa para a população, que num estado de desesperança, aceita essa infeliz realidade pela falta de outras opções.

Um claro exemplo dessa mesma repressão é o sistema penitenciário que temos, que foca primeiramente em punir e não corrigir o indivíduo, assim motivando-o a ser reincidente. Misturando presos de pequenos e grandes delitos, cria-se modelos sociais quebrados para moldar o jovem detento, que com a influência de seu ambiente, na maioria das vezes, vai absorver o máximo dessa danosa informação.

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A idéia que o negro não é culto e educado não é um preconceito, e sim uma realidade que devemos combater. Combater a idéia  que o negro não é político, idéia esta que vai contra  a sua própria natureza. Uma vez que  a política entrou num terreno  quase religioso ao homem e sua conduta.

O homem que se nega à política é um que nega a si mesmo. O negro deve politizar-se para poder reivindicar seus direitos. Justo como acontece nos EUA, onde há a mobilização popular, a reivindicação de seus direitos civis, dos direitos básicos e humanos que devem ser dados a todos cidadãos para evitar que o negro chegue a esse ponto da sua alienação sem retorno.

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