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José Roberto Mello

José Roberto Mello é jornalista

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Político necessário para defesa das “pautas de costumes”

Mais do que uma simples troca de partido, o senador capixaba Fabiano Contarato pode trazer mais luz ao PT sobre a realidade das pautas chamadas de “costume”

Fabiano Contarato (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Mais do que uma simples troca de partido político, o senador capixaba Fabiano Contarato pode trazer mais luz ao PT sobre a realidade das pautas chamadas de “costume”. Gay, casado, com filhos adotivos, quase sexagenário, o delegado de polícia Contarato pode abrir um pouco mais a discussão sobre homofobia, racismo e etarismo dentro e fora da nova agremiação.

Em 2018, para muitos militantes de esquerda no país que não o conheciam, a eleição do capixaba para o Senado significava apenas a ampliação da chamada “bancada da bala”. Só que não: o então delegado de polícia e professor universitário de Direito sempre defendeu os Direitos Humanos, e isso era de conhecimento de seu eleitorado. No entanto, para fora do seu estado e das hostes mais próximas, ainda havia uma certa cisma sobre sua possível postura no Senado, um certo preconceito com o fato de se tratar um policial. 

Em pouco tempo, o então parlamentar da Rede Sustentabilidade mostrou a que veio. Foram vários projetos e debates sobre as maiorias minorizadas. Combativo, delicado e altivo nas posições sobre os direitos da população brasileira, Contarato também se posicionou firmemente na CPI da Covid, atraindo o desrespeito dos sectários e homofóbicos. 

Nestes dois anos, sua atuação parlamentar conquistou o respeito e admiração de muita gente pelo trabalho e dedicação ao legislativo, pautando igualdades de gênero, sexo, raça e do idoso - temas que estarão na pauta de “costumes” nas eleições de 2022.

Agora, no PT, ele é muito aguardado pelos militantes dos Direitos Humanos e das causas LGBTQI+ para que estes temas não sejam varridos pra baixo do tapete nas formulações em torno do nosso projeto de país.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.