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Walmir Damaceno

Coordenador geral do Ilabantu (Instituto Latino Americano de Tradições Bantu), dirigente tradicional do terreiro de Candomblé Inzo Tumbansi, representante na América Latina do Centro Internacional das Civilizações Bantu (Ciciba)

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Povos de Terreiros decidem votar em Lula contra o racismo e intolerância religiosa

Dizer não ao racismo religioso e toda forma de intolerância é compromisso da umbanda, candomblé e os cultos afrobrasileiros

(Foto: Walmir Damasceno)
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Além de enfrentar racismo que está presente na própria estrutura social da sociedade brasileira, povos e comunidades tradicionais de matrizes africanas de Terreiros de umbanda e candomblé que por séculos são perseguidos e brutalmente atacados por seguidores extremistas da direita bolsonarista que tenta a todo custo, sem nenhum escrúpulo impulsionar um projeto de apagamento do legado africano, como forma de dominação.

O Brasil é, depois dos Estados Unidos, o maior e mais populoso país da Nossa América. É a terceira maior economia deste continente. Também o país do século XV, ao XIX, recebeu o maior número de mulheres africanas para que sejam apresentados ao vergonhoso sistema escravista.

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No entanto, ambos, africanos, seus descendentes construíram espaços separados e chamados Quilombos, sendo o mais famoso Quilombo de Palmares, liderado por Zumbi. Este Quilombo está registrado na história da diáspora africana, como o de maior resistência durante o século XVII. A mensagem dos ancestrais deu força para iniciar suas perspectivas libertadores. Um dos aspectos essenciais da resistência africana nas Américas foi justamente sua ancoragem religiosa.

A maioria das civilizações da África e sequestradas para as Américas e Caribe, ouviram as vozes de seus deuses para quebrar as correntes da escravidão. Foi em uma cerimônia Vodu que a rebelião africana começou no Haiti em 1791 para alcançar a libertação do primeiro país livre da diáspora africana.

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No Brasil muitos foram esses rebeldes e dessas rebeliões, sob a espiritualidade africana é que o Brasil é o em que predominam como práticas afro-religiosas: Candomblé, Umbanda só para citar algumas.

Essas espiritualidades sempre foram perseguidas, casas e espaços destruídos, suas sacerdotisas e sacerdotes, outras vezes foram mortos.

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Bolsonaro condena religiões africanas

As religiões africanas em sua diversidade hoje é tema de discussão no debate eleitoral. Diante desse quadro perturbador e assombroso, os povos e comunidades tradicionais de matrizes africanas de Terreiros tem missão importante, escolher o caminho da Democracia, da paz social, do respeito a diversidade dizendo não ao racismo religioso. As frequentes violências e agressões a praticantes de umbanda e candomblé, os cultos afro brasileiros, sob o beneplácito estatal chama atenção para os devotos e praticantes dessas culturas espirituais e ancestrais para reflexão  com coragem e determinação pela necessidade de votar no próximo domingo, 2 de outubro, compromisso de dizer não a toda forma de racismo e violência que tem sido perpetrada nos últimos tempos, como resposta à perseguição que o governo racista de Jair Bolsonaro tem imposto.

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Lembro, perplexo e com muita tristeza, de uma das agressões desferidas por bolsonaristas, esta vinda de uma figura emblemática, a controversa Michelle Bolsonaro, esposa do presidente, recentemente atacou as religiões africanas e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro afirmou que as religiões de matriz africana sofreram de cristofobia. Estamos diante de um estado fascista como quando Hitler perseguiu judeus na Europa. 

Domingo, 2 de outubro, a decisão é sua, é minha, é nossa, a arma é o voto para contrapor opiniões como as de Michelle que vão contra o espiritual. Dizer não ao racismo religioso e toda forma de intolerância é compromisso da umbanda, candomblé e os cultos afro brasileiros por um Brasil sem Racismo, povos de terreiros decidem, vote Lula, vote 13.

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