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Álvaro Maciel

Administrador, contador, compositor, está membro do Conselho Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e mestrando em Sociologia Política – IUPERJ/UCAM

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Voto racial pode garantir a vitória de Lula no primeiro turno

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
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E de novo os dados estatísticos nos ajudam a entender a importância de valorizarmos o voto racial.  As atuais pesquisas mostram que o candidato Lula poderá ser eleito presidente do Brasil, no primeiro turno, graças à vantagem que sua candidatura possui entre negras e negros em todas as regiões do país. Enquanto alguns partidos de esquerda brigam entre si e esbanjam uma vaidade atroz as pesquisas indicam que Bolsonaro no último mês subiu de 33% para 38% nas intenções de voto. Já candidatura de Lula obteve um recuo de 41% para 40%. É um absurdo a postura de algumas lideranças ditas de esquerda mediante a grave ameaça. Temos uma queda brusca na diferença entre as duas principais candidaturas, que diminuiu de 8 para apenas 2 pontos percentuais, o que é considerado empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa. Ou seja, a água já passou da na cintura e pode subir ainda mais. Será preciso desenhar?

“Por outro lado, Lula ampliou novamente a dianteira entre as pessoas que se declaram pretas, e a diferença passou de 38 para 41 pontos - agora, tem 60%, e o rival, 19%. Entre pardos, ambos subiram, e a vantagem do petista segue igual.” (Fonte: Data Folha, 19/08/22).

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Por mais qualidade na Democracia Brasileira

Precisamos lutar sem cessar pela qualidade da democracia no Brasil. Vários segmentos da população sofrem com a exclusão e a discriminação na disputa política. Quem ainda tiver alguma dúvida sobre a discriminação racial na política brasileira poderá conferir os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que constatam a maior parte da população brasileira (56%) se autodeclara negra, enquanto apenas 124 dos 513 deputados e deputadas federais eleitos são negros, ou seja, apenas 24% do total. Pior ainda é discrepância racial no Senado, onde somente temos apenas 13 senadoras e senadores negros, o que significa 16% das 81 cadeiras da Casa Legislativa. Esse quadro precisa mudar, ou continuaremos a cultuar uma pseudodemocracia. 

São muitos os motivos, históricos, sociais e econômicos pelos quais podemos explicar a baixa representatividade da população negra na política no Brasil, mas não podemos deixar de apontar sistema político excludente que imperou até 2018. Foi só a partir desse ano, após a reposta da consulta feita pela Deputada Federal Benedita da Silva ao TSE, que conquistamos a equidade na distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e no tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. Essa luta não pode parar. O racismo não é de direita ou de esquerda, ele se manifesta em diferentes níveis da sociedade e em diversos tipos de relações sociais. A postura antirracista praticada por pessoas independentemente de cor, raça ou religião tem ajudado bastante às ações de combate à discriminação racial no Brasil. Viva a Ciência Estatística! Parabéns povo negro brasileiro!

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