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Brasil

Altman: candidatura Lula deve buscar clara identidade de esquerda

O jornalista criticou a articulação de uma chapa Lula-Alckmin. Em sua avaliação, com Lula líder nas pesquisas e a crescente polarização da política brasileira, o caminho deve ser o oposto: “sem compromissos em nenhum tipo fora do campo de esquerda”. Assista na TV 247

Breno Altman e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)
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247 - O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247, defendeu que, por conta da intensa polarização da política brasileira, a campanha do ex-presidente Lula deve assumir uma posição definitiva de esquerda, sem compromissos fora desse campo.

Segundo ele, cresceu nos últimos anos o “voto antissistema”, que pode ser explorado tanto por Lula, caso ele vá mais à esquerda, como por Jair Bolsonaro, à extrema direita. “Quando o cenário político é de muita intensidade, de muita polarização, como o cenário do Chile, da França e do Brasil, esse senso comum de correr ao centro pode ser um desastre. Por quê? Porque uma parcela muito relevante do eleitorado à direita e à esquerda quer chutar o pau da barraca. É o voto antissistema, que já existiu em 2018 e favoreceu Bolsonaro e que continua existindo em escala até maior agora. É o voto de quem quer chutar o pau da barraca”, disse. 

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Altman criticou a articulação da chapa Lula-Alckmin, defendida por setores do PT e do PSB. Nesta hipótese, para Alckmin ter garantida a vaga de vice, ele assinaria a ficha de filiação à legenda socialista. Nesta sexta-feira (12), o tucano chegou a dizer, questionado sobre a possibilidade: “vamos amadurecer e depois a gente vai conversar”.

“Do ponto estritamente eleitoral, penso que o mais seguro, o mais forte nesse momento é uma candidatura Lula claramente com identidade de esquerda, sem compromissos em nenhum tipo fora do campo de esquerda, com um pacto anti-Bolsonaro no segundo turno, se for necessário”, disse ainda Breno Altman.

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Caso Lula siga esse caminho, Bolsonaro se beneficiará da desmobilização da esquerda. “Portanto, uma coalizão que tente trazer o Lula ao centro, ao invés de somar votos, pode provocar o oposto, pode reforçar a posição de Bolsonaro”, disse. “Um pacto com a oposição de direita, encarnada por Alckmin, pode significar muitos problemas eleitorais. Por exemplo, o eleitorado de esquerda ia ficar mordido”. 

“Para uma campanha que precisa de mobilização da militância seria um desastre. As pessoas continuariam a votar no Lula, porque as pessoas vão votar no Lula incondicionalmente, mas elas sairiam de casa para se mobilizar para uma chapa Lula-Alckmin?”, completou.  

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