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Brasil

Arquiteta sugeriu 'bolsa móveis, bolsa reforma' para empresários bancarem reformas de escritório de Jair Renan Bolsonaro

Mensagens constam do inquérito sobre a suspeita de tráfico de influência do filho "04" de Jair Bolsonaro. Uma das empresas patrocinadoras recebeu R$ 25,4 milhões do governo federal

(Foto: Reprodução/Instagram)
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247 - Mensagens obtidas pela Polícia Federal apontam que empresários foram procurados para bancar o custo de uma reforma realizada em uma sala comercial registrada em nome de Jair Renan, o filho “Zero Quatro” de Jair Bolsonaro. Nas mensagens, a arquiteta Tânia Fernandes ironiza a situação e diz que os empresários devem contribuir com “bolsa móveis e bolsa reforma” para equipar o imóvel. 

“Uma das empresas apontadas como patrocinadoras do projeto de Renan recebeu, desde 2019, R$ 25,4 milhões em contratos para o fornecimento de móveis como poltronas, cadeiras e mesas de escritório ao governo federal”, destaca reportagem do jornal O Globo

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As mensagens trocadas por meio do WhatsApp entre a arquiteta e o personal trainer Allan de Lucena, que ajudou o filho ocupante do Palácio do Planalto a montar uma empresa de eventos em um camarote no estádio Mané Garrincha, em Brasília, fazem parte do inquérito que apura suspeitas de tráfico de influência por parte de Jair Renan.

Em uma das mensagens, datada do dia 22 de maio de 2020, Allan diz a Tânia que “estamos indo já em um patrocinador". "Oba, preciso de todos os patrocinadores. Veja as cotas para patrocinar a execução", responde a arquiteta pouco depois.” No diálogo, o personal trainer disse que, quando o orçamento da reforma estivesse finalizado, seria mais fácil montar as cotas de patrocínio que seriam oferecidas aos empresários. 

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"Cota eletrônicos. Cota móveis. Cota reforma. Kkkkkk", escreveu ele na mensagem, segundo a reportagem. "Kkkkk vamos pedir bolsa móveis, bolsa reforma, bolsa família", disse Tânia sobre o assunto. O personal trainer ironizou a situação logo em seguida. "Já já sai na mídia. Filho de presidente pede Bolsa Móveis", postou. 

Ainda de acordo com a PF, as investigações  encontraram indícios de que os responsáveis pela reforma tentaram ocultar o nome de Jair Renan, além de negociar uma redução no valor da reforma caso isso fosse feito sem a emissão de nota fiscal, ou seja, por meio da sonegação de impostos. 

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“O contrato de prestação de serviços apresentado pela arquiteta era no valor de R$ 9.500,00, segundo os documentos obtidos pela investigação. Em 5 de junho de 2020, Allan encaminhou à arquiteta um áudio, sem dizer quem era o autor, orientando que o valor seria bancado por uma empresa ligada a Luís Felipe Belmonte: "Bom dia Alan, tudo bem? Deixa eu te falar, será que a arquiteta pode preparar um contratinho formalizando o valor a ser repassado que a Belmonte Sports vai repassar esse valor", diz a mensagem obtida pelo O Globo. 

A Belmonte Sports pertence ao empresário bolsonarista  Luís Felipe Belmonte, um dos fundadores do Aliança Brasil, partido que Jair Bolsonaro tentou criar e que não saiu do papel. Jair Renan prestou depoimento à PF sobre as suspeitas de tráfico de influência no dia 7 de de abril.

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