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Brasil

Bolsonaro admite que 'aloprou' durante a pandemia, enquanto milhares de brasileiros morriam

Ele argumenta ter mudado de comportamento "de um ano para cá", mas ainda assim não abandonou o negacionismo: defende o "tratamento precoce" e nega vacinas

Bolsonaro e enterro durante a pandemia da COVID-19 (Foto: Reprodução/Youtube | REUTERS/Bruno Kelly)
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247 - Jair Bolsonaro (PL) admitiu na segunda-feira (12), durante entrevista a seis podcasts que têm jovens evangélicos como público principal, que “aloprou” durante a pandemia ao ser questionado sobre o número de mortos por Covid-19. Apesar de se dizer "arrependido” por ter afirmado que 'não era coveiro', ele voltou a defender o tratamento precoce, que usa medicamentos sem eficácia científica comprovada no tratamento da doença que já matou mais de 680 mil brasileiros.

“Dei uma aloprada, sim. Perdi a linha”, declarou o chefe do Executivo. “Eu sou o chefe da nação, sei disso. Lamento o que eu falei, não falaria de novo. Você pode ver que de um ano para cá meu comportamento mudou. Minha cadeira é um aprendizado”, disse Bolsonaro. Apesar da afirmação, ele voltou a defender o tratamento precoce. Também não há indícios de que Bolsonaro tenha abandonado a postura negacionista e aderido, por exemplo, à vacina. 

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"Eu tive Covid, estou no grupo de risco. Eu sou idoso já, estou com 67 anos. E eu tomei o remédio. Não vou falar o nome aqui. E no dia seguinte estava bom”, afirmou. "Acredito que com o que eu fiz divulgando o tratamento precoce, que muita gente, milhões de pessoas dizem que se salvaram graças a isso, porque eu tive coragem de mostrar que tinha uma alternativa que poderia ser realmente boa", completou. 

>>> “Não sou coveiro, tá?”, diz Bolsonaro, questionado sobre mortos por coronavírus 

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Bolsonaro foi infectado pelo coronavírus em 2020 e, na época, afirmou que havia tomado hidroxicloroquina, uma das drogas que integram o chamado Kit Covid e que não encontra respaldo junto à comunidade médica e científica mundial. 

O atual ocupante do Palácio do Planalto disse, ainda, ter feito uso de uma “figura de linguagem” ao afirmar que quem tomasse a vacina contra a Covid-19 poderia “virar jacaré”. "A questão do coveiro eu retiraria. O jacaré foi uma figura de linguagem", ressaltou. 

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>>> Declaração de Bolsonaro sobre efeito colateral de vacina leva 'jacaré' para topo do Twitter 

Ele também negou ter tripudiado - durante uma transmissão ao vivo pela internet - das pessoas que morriam por falta de ar em decorrência da doença. “Se pegar a imagem, eu não estou zombando de ninguém”, afirmou.  

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Na entrevista, ele também disse que voltaria atrás na declaração de que teve quatro filhos homens e que o nascimento de uma filha mulher teria sido "fraquejada". "Pisei na bola. Pisei na bola. É igual... É comum nós homens falarmos, ‘vai nascer criança, vai ser consumidor ou fornecedor?’. Brincadeira entre homens. Não falo mais isso para ninguém. Para mim pega", destacou. 

A CPI da Covid, encerrada em outubro do ano passado, sugeriu o indiciamento de 79 pessoas e duas empresas. Jair Bolsonaro teve o seu pedido de indiciamento sugerido pelos crimes de epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; além de crimes de responsabilidade e contra a humanidade.

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