Crítica genérica de Milton Ribeiro a servidores é grave, afirma diretor de associação

247 - O diretor da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), Caio Alexandre Wolff, criticou o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, após 11 profissionais entregarem os cargos de chefia na Consultoria Jurídica (Conjur) do MEC. O pedido coletivo de exoneração veio após uma crítica do ministro, durante uma cerimônia interna da pasta, no sentido de que a Conjur estaria dificultando o acesso de grupos econômicos à pasta.

Segundo Wolff, "o mais grave é que é uma crítica genérica do ministro para cima do trabalho da Consultoria Jurídica, uma incompreensão do papel da burocracia estatal no bom sentido". A entrevista foi concedida ao jornal O Globo. 

"O ministro teve algum processo ou outro, de algum assunto que ele entendeu que a consultoria não acatou os interesses de alguém que ele entendia que seriam adequados, e partiu para uma crítica generalizada, coletiva, não só aos onze que entregaram os cargos de chefia, mas à instituição AGU como um todo", acrescentou. 

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"É quase uma confissão de pressão. Dá asas à desconfiança da conduta dele maior do que pode ser de fato. Mas eu reputo (a fala) a uma incompreensão do ministro sobre o papel da Conjur em dar segurança jurídica aos projetos da pasta", disse. 

Ainda segundo o diretor da associação, a crítica verbalizada por Ribeiro, que levou à entrega dos cargos de chefia, pode inclusive levantar desconfianças sobre a conduta dele, uma vez que, embora não tenha citado nenhum processo em específico, pareceu advogar em defesa de grupos que teriam interesses em tratamento diferenciado no MEC.

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