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Em delação, Cid disse que 'grupo de radicais' defendia uso de 'braço armado' em plano golpista

Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o "braço armado" contaria com o apoio de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), uma das bases de apoio do bolsonarismo

Mauro Cid (Foto: Reprodução)
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247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal (PF) que um grupo de aliados "radicais" do ex-mandatário defendia a ideia de um "braço armado" para apoiar o plano golpista visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal O Globo, Cid afirmou que o "braço armado" contaria com o apoio de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), uma das bases de apoio do bolsonarismo.

O governo Bolsonaro concedeu, durante seu mandato, uma média de 691 registros de novas armas por dia para CACs, totalizando 904.858 registros ao longo de quatro anos, de acordo com dados do Exército. Ainda segundo Cid, havia pressões para que Bolsonaro assinasse um decreto golpista, baseando-se em uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição Federal, que trata do papel das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. >>> Mensagens encontradas em celular de Cid revelam plano para beneficiar militares caso o plano golpista falhasse

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Cid ressaltou que o grupo radical ao redor de Bolsonaro buscava encontrar elementos concretos de fraude nas urnas, especialmente pressionando o general Paulo Sérgio, então comandante do Exército, em relação à Comissão de Transparência das Eleições. “Jair Bolsonaro queria uma atuação mais contundente do general Paulo Sérgio em relação à Comissão de Transparência das Eleições montada pelo Ministério da Defesa”, disse Cid em seu depoimento, de acordo com a reportagem. >>> PF avança com cautela sobre militares para evitar crise institucional com as Forças Armadas

O tenente-coronel também mencionou que o ex-mandatário repassava supostas denúncias sem fundamento sobre fraudes nas urnas eletrônicas para aliados como os generais Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Sérgio, pedindo que elas “fossem apuradas”. Ainda segundo Cid, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli também apoiavam Bolsonaro na investida contra a higidez do sistema eleitoral.

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A assessoria de Pazuello informou que o deputado decidiu não se manifestar sobre as denúncias, enquanto a de Valdemar disse que irá se posicionar nos autos. A defesa de Paulo Sérgio afirmou que o ex-ministro da Defesa "sempre agiu corretamente, é inocente e confia na Justiça".

Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento à PF sobre a suposta trama golpista na quinta-feira (22).

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