Dallagnol, que interferiu em processos para perseguir Lula, diz que “pode fazer mais pelo País” (vídeo)

247 - O ex-chefe da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, gravou um vídeo no qual afirma que pode “fazer mais pelo País” fora do Ministério Público, o qual ele deixou nesta quarta-feira, 4. Depois de Moro, Deltan também entrou para a política, desmoralizando de vez a Lava Jato.

A Lava Jato, que Dallagnol coordenou, foi o maior escândalo judicial e político da história recente do país. Os integrantes da força tarefa atuou em conjunto com o juiz Sergio Moro, algo ilegal, para condenar o ex-presidente Lula (PT) e tirá-lo das eleições de 2018, interferindo na situação política brasileira.

Além disso, coordenados por Dallagnol, os procuradores impulsionaram um processo fraudulento e cheio de ilegalidades contra os direitos democráticos contra o ex-presidente e outros adversários políticos da Lava Jato; atuaram em conjunto com autoridades de países estrangeiros, como o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos; entre outras ilegalidades.

Diante da desmoralização da operação pela Vaza Jato, Dallagnol destacou em vídeo que ficou decepcionado com o “desmonte do combate à corrupção que está acontecendo”. “Processos anulados, leis desfiguradas e corruptos alcançando a impunidade. Carta branca para que quem nos rouba continue roubando”, informou o ex-procurador que tentou roubar o dinheiro resgatado da corrupção na Petrobras.

O ex-coordenador da Lava Jato disse que fará o que estiver a seu alcance para “restaurar a justiça”. “Posso fazer mais pelo país fora do Ministério Público. Às vezes é necessário dar um passo de fé. Tenho várias ideias de como contribuir. Podemos, sim, transformar o Brasil, pelo exercício da cidadania, do voto consciente e da participação de cada um de nós.”

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