CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Entrevistas

Bolsonarização do PSDB ameaça nosso futuro, diz Maria Hermínia Tavares à TV 247

Para a cientista política, a bolsonarização do PSDB rompeu o equilíbrio que assegurou duas décadas de estabilidade democrática ao país

Maria Hermínia Tavares, FHC, Doria, Aécio Nevez e Aloysio Nunes (Foto: Reprodução | Reuters | GovSP | Ag, Câmara | Ag. Senado)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Paulo Moreira Leite, 247 - Convencida de que os ataques de Jair Bolsonaro (PL) à urna eletrônica podem representar uma ameaça real à democracia, a cientista política Maria Hermínia Tavares afirma, em entrevista à TV 247, que a bolsonarização do PSDB rompeu o equilíbrio que assegurou duas décadas de estabilidade democrática ao país.

Em seu depoimento, Maria Hermínia desenvolve ideias contidas no artigo "O funeral do PSDB" (Folha de S. Paulo, 10/3/2022), onde denuncia a atuação de Aécio Neves após a derrota na campanha de 2014.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

>>> Maria Hermínia Tavares e o "funeral do PSDB": partido morreu em 2018, quando aderiu a Bolsonaro

Ali, recorda que o então senador se recusou a aceitar o resultado das urnas, "embarcando alegremente na operação de destituir Dilma Rousseff", atitude que contaminou o conjunto da legenda e deu novo perfil político ao partido.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Em 2016, quando o pedido de impeachment entrou para debates na Câmara, a bancada tucana aderiu em bloco ao afastamento da presidente: 54 votos a zero, uma unanimidade rara, retrato de um partido no qual uma leve identidade social-democrata acabou substituída por um bolsonarismo triunfante, processo impensável sem o silêncio da velha guarda tucana, como a professora reconhece na entrevista.

"Um deputado como o Carlos Sampaio não tem nada a ver com a história do PSDB", diz ela, referindo-se a uma das principais lideranças surgidas no período.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Habituada a estudar a cena política com uma visão alimentada pela necessária combinação de conhecimento histórico e boa formação teórica, a professora titular de Ciência Política da USP aposentada examina a eleição presidencial com cautela redobrada.

Ela está convencida de que o conflito entre PT e PSDB, alimentado por legendas adversárias nas campanhas eleitorais, mas irmanadas pela adesão ao regime democrático e o respeito às urnas, perdeu seu ponto de equilíbrio com a bolsonarização do PSDB -- e isso representa um risco à democracia.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Na entrevista, a professora lembra que as frequentes denúncias de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas não apontam para nenhum fato concreto. Apenas indicam um esforço óbvio de desacreditar o processo eleitoral, caso venha a ser derrotado -- e aí o país pode ser colocado diante de um impasse como não se vê há muito tempo.

"Eu me pergunto como irão reagir os militares. Ninguém sabe", diz ela, sem esconder sua apreensão.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO