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"Haddad tranquilão aguenta porque o Lula tranquilão está por trás dele", diz Helena Chagas

Segundo a jornalista, o ministro da Economia e o presidente vêm demonstrando habilidade para lidar com a pressão vinda do mercado financeiro

(Foto: RICARDO STUCKERT | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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247 - A jornalista Helena Chagas, em participação na TV 247, comentou a relação de forças entre o novo governo Lula e o mercado financeiro, que já impôs concessões nas negociações da PEC da Transição e agora vem opondo o aumento dos gastos da nova administração federal.

Apesar da influência política da Faria Lima no centrão do Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula sabem negociar de forma a garantir as principais ambições do novo governo, avaliou Helena. A jornalista do 247 alertou, no entanto, que os embates entre a administração federal e o mercado devem aumentar nos próximos meses. 

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“A minha aposta é que o Haddad tranquilão aguenta, porque o Lula tranquilão está atrás dele. Ao longo de toda a campanha eleitoral, o Lula foi pressionado a falar mais do fiscal, defender o arcabouço fiscal, encontrar com banqueiros, conversar com representantes do mercado financeiro. Ele até foi no final. Democraticamente foi conversar com todos os setores, mas em nenhum momento na campanha vimos o Lula ajoelhando para beijar a cruz. Ele pode ter feito concessões, conversado e ouvido. Isso faz parte do papel dele, que era de candidato e agora de presidente. Ele é presidente de todos, tem que ouvir todos os setores e tenho certeza que ele vai conversar também com esses setores do mercado. Agora, conversar, ouvir e negociar no Congresso com uma base que sabemos ser do centro para a direita, temos esse complicador. Uma boa parte da base que está no Congresso, esses partidos do centro e do centrão são diretamente ligados ao mercado financeiro. Eles vão estar ali no Congresso representando esse pessoal, como estiveram na PEC da Transição. E o Lula se saiu muito bem nessa negociação. Ele entregou anéis, mas preservou os dedos, a essência do que ele queria: uma PEC para pagar o Auxílio para os mais pobres, porque o compromisso número 1 dele, ele foi eleito para melhorar a vida das pessoas, dos vulneráveis, dos humildes, e ele conseguiu fazer passar essa PEC. Acredito muito nessa capacidade de negociação do Lula e do Haddad também”, disse a jornalista. “Haddad é um sujeito extremamente tranquilo na hora de negociar e conversar, mas muito firme também ao não ceder no que é essencial para o país. O mercado vai continuar dando mais chilique, acalmando, dando mais chilique, acalmando… Esses primeiros tempos são uma espécie de teste. O mercado está querendo acuar o Lula, um teste com ele. Claro que não fizeram isso com o Bolsonaro. E quem criou esse rombo de 300 bilhões e fez gato e sapato da responsabilidade fiscal? O Bolsonaro. São dois pesos e duas medidas e há um componente político muito forte nessa queda de braço, mas acredito que tanto o Lula como o Haddad têm muita experiência para lidar com isso”.

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