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Jair Renan e aliados de Bolsonaro receberam dinheiro de empresário que fazia lobby por garimpo em terras indígenas

Celular e computador apreendidos de Luis Felipe Belmonte pela PF revelam conversas indicando a aproximação com o Palácio do Planalto pela extração mineral em territórios indígenas

Jair Renan Bolsonaro e Luís Felipe Belmonte com Bolsonaro (Foto: Reprodução)
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247 - O filho de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, e mais dois aliados diretos do atual chefe do Executivo - Karina Kufa (advogada) e Sergio Lima (marqueteiro) - receberam dinheiro do empresário bolsonarista Luis Felipe Belmonte enquanto ele fazia lobby no Palácio do Planalto pela autorização do garimpo em terras indígenas. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Belmonte é aliado de Bolsonaro e foi um dos articuladores da criação do Aliança Pelo Brasil, partido que acabou fracassando. Ele foi investigado no inquérito dos atos antidemocráticos de abril de 2020 e, por isso, teve seu celular e computadores apreendidos, onde foram encontradas as conversas revelando a aproximação com o Planalto pela extração mineral em territórios indígenas.

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Em meio à articulação para a autorização do garimpo, que envolvia aproximação com lideranças indígenas e contatos com aliados do presidente da República, o empresário repassou R$ 9,5 mil para Jair Renan em 2020. O motivo é a "reforma do escritório da empresa" do filho de Bolsonaro.

Para a advogada do chefe do Executivo, Karina Kufa, foram repassados R$ 634 mil por meio de seu escritório, enquanto o marqueteiro Sergio Lima e seu sócio Walter Bifulco receberam R$ 1,5 milhão via empresas de comunicação - repasses realizados antes de agosto de 2019.

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Uma das mensagens extraídas do celular de Belmonte, endereçada a sua esposa, afirma que os repasses a Sergio Lima foram feitos para se aproximar do entorno de Bolsonaro e viabilizar o 'projeto dos indígenas': "Projeto de comunicação: envolve três fatores, a) comunicação e imagem, propriamente dito; b) aproximação com o Planalto e viabilização do projeto dos indígenas. O Presidente já deu sinal verde e já fez comunicação pública. Estou trabalhando no caso com o governo e com a Karina, advogada pessoal dele; c) preparação do Portal."

"Quanto aos indígenas, levei a proposta ao presidente. Foi pedido que eu prepare o decreto. Provavelmente ainda este ano começaremos a extração", complementou.

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Desde então, o governo Bolsonaro vem atuando pela liberação do garimpo em territórios indígenas, tendo enviado, inclusive, projeto de lei ao Congresso no início de 2020 - assinado pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro (à época Ministro da Justiça) e Bento Albuquerque, Ministro de Minas e Energia.

À Folha, Kufa, Belmonte e Sergio Lima negaram que os repasses tivessem qualquer relação com a defesa da liberação da extração mineral em terras indígenas.

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