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Lula proporá a Biden e G20 regulamentar responsabilidade das redes sociais na disseminação de ódio e mentiras

Presidentes do Brasil e dos EUA se encontram sexta-feira, em Washington. Ideia de Lula é reunir forças para estancar disseminação de fake news, xenofobia, violência e ódio

Lula e Joe Biden (Foto: Stuckert | Reuters)
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Por Luís Costa Pinto, da sucursal do Brasil 247 em Brasília – Em café com jornalistas na manhã desta terça-feira (7), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que um dos temas de suas reuniões com o presidente norte-americano Joe Biden, em Washington, para onde viaja no próximo dia 9, é o estabelecimento de um amplo debate internacional e multilateral entre os países integrantes do G20 para regular e reprimir a disseminação de discursos de ódio, violência, xenofobia e conteúdos antidemocráticos nas plataformas de internet, streaming e redes sociais.

“Este é um debate que está no mundo, não está só no Brasil”, pontuou o presidente da República ao ser provocado em pergunta formulada pelo representante do site Congresso em Foco. “Quero conversar com o Biden sobre isso, vou propor o assunto no G20, para a gente definir como fazer essa coisa democrática, extraordinária, que são as plataformas de internet e as redes sociais, virar uma coisa realmente boa”, afirmou.

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Ele disse ainda que acompanha de perto os desdobramentos das ações que o Ministério da Justiça já vem tomando em relação ao tema. “Eu pedi ao ministro Flávio Dino um amplo debate na sociedade para estabelecer uma forma de impedir que um aplicativo fique divulgando mentiras, ou o que não presta, ou coisas absolutamente impróprias”. Para Lula, “não se pode ter tanta facilidade de propagar mentiras como hoje em dia”.

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O presidente se mostrou indignado com a intensidade e a velocidade da disseminação de discursos de ódio durante as eleições de 2022. “Não é normal, não é democrático o que se faz”, protestou. “A humanidade parece ter se tornado desumana, não tem mais fraternidade, não tem mais solidariedade. É covarde quem se tranca num quarto para falar mal da mãe nas redes sociais, para falar mal do pai, da tia, de todo mundo”.

Ao relembrar importunações recentes sofridas pelos ministros Flávio Dino (Justiça) e Alexandre Padilha (Articulação Política), Lula ponderou apropriadamente que “um cidadão normal não ataca o outro dessa forma. Quem faz isso é 171 (no Código Penal, 171 é o artigo destinado a caracterizar estelionatários)”.

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A partir daí, o presidente da República fez um desagravo à sua sucessora Dilma Rousseff, vítima de uma mal educada e vergonhosa vaia – seguida de xingamentos – durante o jogo Brasil x Croácia na abertura da Copa do Mundo de 2014 na Arena Corinthians, em Itaquera. “Pessoas normais não fazem aquilo. Não vejo pessoas humildes com tanto ódio. O ódio não está nos setores humildes da sociedade brasileira”, reiterou Lula. “Já os setores médios da sociedade são muito bolsonaristas. E aí dá nisso. Nessa coisa que não é de pessoas normais, é de 171”.

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