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Marcus Atalla

Graduação em Imagem e Som - UFSCAR, graduação em Direito - USF. Especialização em Jornalismo - FDA, especialização em Jornalismo Investigativo - FMU

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Um Alckmin para todos governar e para tudo desfazer em 2026

Não se trata de uma questão de purismo de esquerda ou desejo

Lula e Alckmin (Foto: Stuckert | ABr)
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Não se trata de uma questão de purismo de esquerda ou desejo. O sistema eleitoral brasileiro, ora um sistema bem construído na Constituição (88), mas que foi introduzindo-se diversas distorções, até culminar no monstrengo chamado presidencialismo de coalizão. Com mais 30 partidos e 3 partidos oficiosos - bancada da bala, bíblia e boi-, o que impede o país de ser governado, sem uma dependência do centrão. 

Há uma exigência de aliança inerente ao presidencialismo de coalizão, mas analistas políticos e o público parecem não ter percebido que houve uma ruptura histórica a partir de 2013. Continua-se a usar o mesmo método de análise desenvolvido durante os 30 anos de democracia, que funcionou naquele período histórico, mas um método incompatível para entender a realidade pós-2016 e menos ainda para propor resoluções.

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Desconsideram-se as novas variáveis introduzidas à realidade. Variáveis essas, que são as predominantes, como a mudança da essência de uma República de Direito, de uma democracia para uma tecnocracia.

A sinergia entre o “Partido Militar” e a casta do judiciário, homens com poder dissimulado como técnico e na suposta busca do justo, detentores de um falso conhecimento superior, não eleitos, vitalícios e impuníveis. Unidos aos homens da máquina de guerra do Estado, cujo dever seria a proteção do seu povo contra externos. Contudo, acham-se de sapiência superior e com a legitimidade de tomarem o poder. “o projeto de poder dos militares para as eleições 2022 e além” 

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As análises também ignoram o retorno da interferência agressiva dos EUA na América Latina, o desejo da elite brasileira na mudança do acúmulo de capital, baseado numa colônia exportadora de commodities, no rentismo e na máxima exploração da mais-valia.

Dito isso, é óbvio, é lógico, chega a ser primário o argumento que se precisa ampliar, aumentar aliados para se governar. Entretanto, essa falsa dicotomia entre fascismo e democracia (é falsa, porque ela é apenas pró-forma e não na essência), permite que o pânico, ao invés da razão, apresente soluções imediatistas, as quais resultarão em consequências nefastas em curto tempo.

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Se não pode vencê-lo, sabote-o por dentro

É certo para os setores golpistas, que por meios legais, não se pode vencer Lula na eleição. Todas as tentativas de uma 3ª via falharam. Partiu-se para a fase dois, dificultar que Lula vença no primeiro turno (o que lhe traria uma imensa legitimidade e capital político). 

(O lavajatismo é a instituição judiciária impondo e expandindo seu poder à sociedade)

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Não apenas se cria os meios para restringir uma reconstrução do país por Lula, mas também, oposto do imediatismo da esquerda, constrói-se um presidente para reverter qualquer mudança possível para 2026.

Lula é um homem, homem de 76 anos, pouquíssimo provável que concorra à reeleição em 2026, quando terá 81 anos. Mesmo que Lula consiga trazer o pelo do Leão de Neméia, matar a Hidra, abrir as montanhas e transformá-las no Estreito de Gibraltar, tem-se um homem para desfazer tudo que o Lula fizer, Geraldo Alckmin. 

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Se Lula for bem-sucedido em sua jornada herculana, o presidente em 2026, será aquele visto como continuação do seu governo, o Vice-Presidente Geraldo Alckmin.

Michael Temer, sem legitimidade nenhuma e com menos de 5% de aprovação, conseguiu desfazer, não apenas, os 14 anos de governo PT, mas retroceder o país a pré-Getúlio Vargas. Isso feito em meses de governo. 

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Qual dúvida pode haver que Alckmin desfará tudo, com a legitimidade do voto, usurpado dos louros conquistados por um governo Lula à dura penas?

Os setores golpistas podem esperar quatro anos, retroceder dois passos, para acumular forças e retornar tudo como está e além, sem Lula a atrapalhar.

Políticos são meros representantes do poder real, daqueles que estão por trás deles, não são Luís XIV, o Rei Sol, com luz própria. Aqueles que analisam os políticos apenas por “pseudo-virtudes da alma” e com poder de fazer o que desejam, estão no século errado. 

Etimologia da palavra militância: “Militância deriva da junção do verbo militar, do latim ‘militare’, que significa ‘ser soldado’, e do sufixo -ância, que significa ação ou o resultado dessa ação.”É confortável transferir todas as escolhas e decisões ao seu representante, assim, se ele fracassar, a responsabilidade é só dele.

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