Corregedoria-Geral de SC abre procedimento disciplinar contra juiz do caso Mariana Ferrer
Soraya Lins, corregedora-geral de SC, comunicou oficialmente a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) sobre a atuação do juiz Rudson Marcos, que assistiu passivamente os insultos contra a vítima
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247 - A corregedora-geral de Santa Catarina (SC), Soraya Lins, enviou oficialmente nesta segunda-feira (14) ao deputado Helder Salomão (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), um pedido de instauração de procedimento disciplinar contra o juiz Rudson Marcos, que julgou o caso da blogueira Mariana Ferrer, inocentando André Aranha da acusação de estupro.
O deputado “determinou a instauração de procedimento disciplinar, que tramita em caráter sigiloso, para apurar a atuação do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, que estava à frente do julgamento, em setembro, do empresário André Aranha, acusado pelo Ministério Público de estuprar a jovem Mariana Ferrer, de 23 anos”, diz o documento, conforme reportado no portal PT na Câmara.
Em seu depoimento, Mariana foi brutalmente atacada pelo advogado de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, em caso de tortura psicologica, conforme constatado pela Corregedoria Nacional de Justiça. O juiz permaneceu em silêncio absoluto enquanto o advogado afirmava que não gostaria de ter “uma filha do teu nível”, em referência à jovem, e clamou: “peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você”.
O promotor do caso, Thiago Carriço, também não se manifestou diante da agressão.
Salomão condenou a atitude dos homens na corte: “vilipendiaram suas funções de garantia da Constituição, dos direitos humanos e das leis. Manifestaram ali grosseira expressão machista, patriarcal e incompatível com as normas nacionais e internacionais”, disse nesta segunda-feira (14).
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