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Brasil

Empresa de obra em presídio de Mossoró é suspeita de envolvimento em esquema de fraude bilionária em licitações

Esquema, que funciona com empresas de fachada e laranja, teria conseguido contratos que somam R$ 1,5 bilhão desde 2021

Penitenciária Federal de Mossoró (Foto: SNPP / Gov)
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247 - Um esquema bilionário de terceirização envolvendo o uso de laranjas, empresas de fachada e suspeitas de fraudes em licitações está ligado a contratos dos principais órgãos públicos do Brasil, diz o jornal O Estado de S. Paulo. Conectado a um ex-deputado distrital, o grupo é composto por pelo menos 11 empresas que, no papel, pertencem a pessoas que recebem benefícios sociais do governo e têm pouco conhecimento sobre os negócios. Na prática, essas empresas concorrem nas mesmas licitações, simulam transações entre si para inflar balanços e conseguem contratos, inclusive em presídios de segurança máxima.

Uma dessas empresas, a R7 Facilities, é responsável por obras de manutenção na Penitenciária Federal de Mossoró, de onde duas pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho fugiram há cerca de 20 dias. O técnico em contabilidade Gildenilson Braz Torres, beneficiário do auxílio emergencial, está registrado como responsável pela R7 na Receita Federal. A empresa afirmou ter um "histórico inquestionável de excelência na prestação de serviços", mas não esclareceu supostos negócios com empresas inexistentes.

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“Das 11 empresas do grupo, seis têm se destacado nas licitações com o poder público. O grupo soma R$ 1,5 bilhão em contratos com governo federal, Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal (STF) só a partir de fevereiro de 2021, quando a R7 passou para as mãos de laranjas”, destaca a reportagem.  Outros contratos, da ordem de R$ 683,2 milhões foram assinados ou renovados em 2023 e 2024. 

Gestores consultados pela reportagem estimam que o grupo seja responsável por cerca de 10 mil funcionários terceirizados que atuam no poder público em Brasília, desempenhando funções como porteiro, motorista, pedreiro, copeiro e auxiliar administrativo. Os ministérios da Fazenda, da Infraestrutura, da Agricultura, do Meio Ambiente e da Justiça estão entre os principais contratantes.

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A Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma investigação sigilosa para apurar as denúncias. As instituições públicas contratantes, como a Câmara, o Senado e o STF, destacaram que os contratos com a R7 foram realizados sem intercorrências, mas irão que aprofundar as análises diante das suspeitas levantadas.O Ministério da Justiça e Segurança Pública também inciou uma apuração sobre a empresa R7 Facilities, responsável pelos serviços de manutenção do presídio federal de Mossoró (RN)

O esquema envolve 11 empresas do grupo, sendo seis delas destacadas em licitações com o poder público. Os principais articuladores identificados são o ex-policial civil Carlos Tabanez e o empresário Edison Júnior, conhecido como Edinho. Tabanez, suplente na Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, é proprietário de um dos principais clubes de tiro de Brasília. Edinho, associado ao clube de tiro de Tabanez, é figura conhecida no mercado de terceirização.

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A R7 Facilities é a empresa mais bem-sucedida em contratos com o governo federal, totalizando R$ 1,06 bilhão desde fevereiro de 2021. Outras empresas do grupo, como Defender, AC Segurança, K2 Conservação, GSI Serviços e GSI Gestão de Segurança, também têm contratos milionários.

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