Anvisa vai à China inspecionar fábricas de vacinas contra Covid-19
Com diretor bolsonarista, a Anvisa irá para a China para verificar a fabricação de vacinas no país. A agência irá para as instalações das empresas Sinovac Life Sciences Co e da Wuxi Biologics Co - que mandam insumos e materiais utilizados em imunizantes produzidos no Brasil
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247 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quinta-feira, 12, que funcionários farão missão de inspeção na China, com objetivo "de verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação" nas instalações das empresas Sinovac Life Sciences Co e da Wuxi Biologics Co.
A primeira é a fabricante dos insumos utilizados pelo Instituto Butantan na produção da Coronavac - vacina contra a Covid-19 - e a segunda do material utilizado pela Fiocruz Bio-Manguinhos para a fabricação da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford.
"A certificação das boas práticas de fabricação é requisito indispensável para eventual registro das vacinas contra Covid-19 que utilizam insumos produzidos nessas instalações. Tendo em vista a exigência de cumprimento de quarentena para todos os viajantes que chegam à China, os inspetores da Anvisa partirão do Brasil na sexta-feira (13/11) com chegada prevista na China em 15 de novembro", afirmou a Anvisa, em nota.
Ataques de Bolsonaro à vacina
Na segunda-feira, a Anvisa suspendeu estudos com a vacina chinesa no Brasil, após a morte de um voluntário que não teve nada a ver com o imunizante. A agência autorizou, nesta quarta-feira, 11, a retomada dos ensaios no Brasil “após avaliar os novos dados apresentados".
O novo diretor do órgão, indicado por Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 12, é o tenente-coronel Jorge Luiz Kormann, um militar olavista, que ataca Organização Mundial da Saúde (OMS) e vacina chinesa nas redes. Ele também é defensor da hidroxicloroquina no tratamento ao novo coronavírus. Não existe comprovação científica da eficácia do medicamento contra o vírus.
Nesta quinta, em mais um ataque à vacina chinesa, Bolsonaro afirmou, em live, que um “efeito colateral” da CoronaVac pode ter causado o suicídio do voluntário que levou à suspensão temporária dos estudos sobre o imunizante.
Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a morte foi causada por overdose de medicamentos. A análise detectou a presença de opióides, sedativos e álcool no sangue da vítima. De acordo com o IML, o voluntário morreu, portanto, de "intoxicação exógena de agentes químicos".
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