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Queiroga diz à CPI que quebra de patentes pode afetar imunização no Brasil

De acordo com o ministro da Saúde, a suspensão de patentes "pode interferir de maneira negativa no aporte de vacinas". O ministro de Relações Exteriores, Carlos França, por sua vez, disse que o Brasil pode passar a apoiar a quebra de patentes

Marcelo Queiroga (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (6), se disse contra a quebra de patentes das vacinas contra Covid-19. Os Estados Unidos, que também não concordavam, anunciaram nesta quarta-feira (5) que apoiarão a suspensão das patentes, o que poderia ampliar significativamente a produção de doses por todo o mundo.

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, por sua vez, disse nesta quinta-feira, também no Senado Federal, que o Brasil pode sim rever sua posição e passar a apoiar a quebra de patentes na Organização Mundial do Comércio (OMC). O presidente da Pfizer, Albert Bourla, se colocou contra a proposta de suspensão de patentes, e defendeu uma produção mais acelerada de doses de imunizantes.

Segundo Queiroga, a quebra de patentes pode "interferir de maneira negativa" na aquisição de doses. "Meu temor é de não termos condições, mesmo com a quebra da patente, produzir essas vacinas aqui no Brasil. Como nosso programa está calcado em vacinas como a Pfizer, como a Janssen, isso [pode] interferir de maneira negativa no aporte de vacinas para o programa nacional de imunização".

O ministro afirmou que o assunto "carece de análise mais detida".

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