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Desmonte: militares ou policiais chefiam 21 de 39 coordenações da Funai

Grupo Indígenas Associados denuncia 'descaso' do governo federal com órgão que deveria zelar pela proteção das populações indígenas

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Mário Vilela/Funai)

247 - O desmonte da Fundação Nacional do Índio (Funai) no governo de Jair Bolsonaro (PL) é refletido em números: das 39 coordenações regionais do órgão, 21 são chefiadas por militares ou policiais, de acordo com o grupo Indígenas Associados (INA).

Os militares ocupam 17 coordenações regionais; policiais militares chefiam três e um policial federal lidera uma.

Segundo o jornal Metrópoles, a avaliação do INA é de que tal situação "revela descaso com a gestão da Funai nos estados." Apenas duas unidades possuem servidores como chefes titulares; 10 dos gestores são substitutos e seis não têm histórico de atuar na administração pública.

Durante o governo Bolsonaro, especificamente entre fevereiro de 2020 e agosto de 2021, foi observado um aumento de 20,2% de indicados sem vínculos com administração pública, ou seja, nomeações políticas.

“Os currículos dos eleitos chamam a atenção pela falta: quase não se notam experiências de atuação com a política indigenista, ou mesmo com cargos de direção em administração pública (...) A falta de perfil adequado dos gestores nomeados muitas vezes implicou mudanças constantes, resultando em prejuízos à execução da política indigenista”, declara o INA.

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