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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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Moro precisa dar os nomes dos ministros que delataram Carluxo

“Por que Moro, na condição de ministro da Justiça, não adotou nenhuma providência ao tomar conhecimento de crimes apontados por ministros do primeiro time de Bolsonaro?”, questiona Moises Mendes

(Foto: Lula Marques)
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Sérgio Moro denunciou Carlos Bolsonaro à Polícia Federal. O moço seria, segundo ministros do primeiro time de Bolsonaro, um dos participantes do Gabinete do Ódio.

Até as emas do Alvorada sabem que o filho preferido é mais do que participante, é chefe da máquina de produção de mentiras. Mas a forma como a informação foi passada por Moro à PF contém algumas surpresas.

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Nunca ninguém tinha dito que ministros sabiam das atividades ilegais de Carluxo dentro do Palácio do Planalto. A denúncia ganha força.

Só que o ex-juiz não deu os nomes de quem acusa. No tempo em que mandou na Lava-Jato em Curitiba e orientou as ações do Ministério Público, Moro usou uma tática consagrada como ilegítima por juristas que não aplaudem justiceiros.

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O juiz mandava encarcerar o investigado, em prisões preventivas sem fim, para que, no cansaço, delatasse os comparsas com nomes e sobrenomes. Mas Moro não é investigado, é testemunha do inquérito sobre a organização de atos fascistas contra o Congresso e o Supremo.

No recente depoimento à PF, Moro disse que “ministros do Palácio do Planalto” teriam comentado a ligação de Carluxo com o Gabinete do Ódio. Depois disse que essas fontes seriam “ministros palacianos”, no plural.

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Mas não identificou os acusadores. Moro não aceitava pacificamente esse tipo de informação vaga e sem nomes na condução de processos e depoimentos em Curitiba.

Sabe-se que os ministros com gabinetes no Palácio são os poderosos Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Dos quatro, só Oliveira não é general.

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Moro envolveu três generais em fofoca ou denúncia? Mas sem dar os nomes dos seus informantes. Os três passam a ser suspeitos de terem delatado Carluxo.

Não é pouca coisa. Por que Moro, na condição de ministro da Justiça, não adotou nenhuma providência ao tomar conhecimento de crimes apontados por ministros do primeiro time de Bolsonaro?

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O que a Polícia Federal fará agora com um depoimento em que não aparecem os nomes dos acusadores que colaboraram com Moro? O ex-juiz e agora conferencista sobre ética passa a ser autor de denunciação caluniosa?

Além disso, o inquérito das fake news é outro. Moro depôs sobre o caso das manifestações que envolveram Sara Winter e seus amigos e os amigos dos amigos dos Bolsonaros, incluindo deputados.

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Até generais participaram desses atos, ao lado de Bolsonaro, que certa vez foi acenar para Sara Winter em um helicóptero do Exército com camuflagem de guerra.

Moro ficou famoso como o juiz que condenava sem provas. Agora, é um acusador que não prova nada. Nem no outro inquérito, sobre o aparelhamento da Polícia Federal por Bolsonaro, ele apresentou provas.

Moro parece ser um péssimo delator. Se fosse um investigado, como nos tempos da masmorra de Curitiba, poderia ficar em preventiva até contar direito o que sabe. Moro vai mostrando que também não lida bem com intrigas.

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