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Conta de Salles é apagada no Twitter e ministro está totalmente isolado

A exclusão da conta de Ricardo Salles no Twitter mostra o isolamento social e político cada vez maior do ministro do Meio Ambiente. Não se sabe se o Twitter excluiu a conta ou se a iniciativa foi de Salles. Depois de chamar o ministro Luiz Eduardo Ramos de "Maria Fofoca", ele atacou Maia chamando-o de "Nhonho". Rejeitado por ativistas e ongs ambientais, Salles tem sido alvo de uma série de ações judiciais e agora está isolado no governo

Ricardo Salles, Luiz Eduardo Ramos, Rodrigo Maia e Pantanal em chamas (Foto: Lula Marques | Reuters | PR | Câmara)
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247 - A conta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Twitter foi apagada, após ele chamar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de "Nhonho", apelido do personagem Febronio Barriga Gordorritúada, interpretado por Édgar Vivar, da série de TV mexicana "Chaves".  Não se sabe se o Twitter excluiu a conta ou se a iniciativa foi de Salles. "Fiz o procedimento de segurança", afirmou o titular da pasta ao ser questionado se foi ele quem apagou a conta ou se o perfil doi excluído pelo Twitter.

O episódio desgasta mais ainda o ministro, que nesta semana teve desavenças com o ministro-chefe da secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, a quem chamou de "Maria Fofoca".

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A relação de Salles não estaria amistosa até mesmo com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. O governo levará embaixadores de países da América do Sul e da Europa Ocidental até a região amazônica, na próxima semana, em uma viagem que não prevê o nome do ministro, de acordo com relato da CNN Brasil. Mourão comandará a iniciativa, como presidente do Conselho Nacional da Amazônia. A expedição está marcada para ocorrer entre 4 e 6 de novembro.

Os problemas do ministro do Meio Ambiente não são apenas políticos. Ele é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suposto enriquecimento ilícito. De acordo com as investigações, de 2012 a 2018, o patrimônio declarado do ministro à Justiça Eleitoral aumentou mais de 600% e passou de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões

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O MP-SP também acusou Salles de ter alterado ilegalmente, em 2016, o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê (APAVRT) para beneficiar indústrias. Naquele ano, ele era secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, no governo Geraldo Alckmin. No dia 15 de outubro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) adiou para 5 de novembro a decisão sobre o recurso do ministro, contra a condenação em 1ª instância em 2018 por improbidade administrativa.

O desgaste do ministro junto ao governo e à população ficou evidente a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar "reformas infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente e "ir passando a boiada".

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Enquanto o governo Bolsonaro mantém Salles no cargo, o Brasil corre sérios riscos de boicote do exterior por causa do desmatamento. A atual política ambiental aprofunda ainda mais as dificuldades de transações comerciais e, por consequência, a retomada do crescimento econômica em um País com mais de 13 milhões de desempregados e com recessão prevista para 2020. 

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