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EUA enviaram US$ 200 milhões para Ucrânia em meio a tensões com Rússia

Aporte financeiro foi aprovado pela Casa Branca em dezembro e foi revelado nesta quarta

Antony Blinken (Foto: Reuters)
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247, com Reuters - Os Estados Unidos aprovaram em dezembro um suporte de US$ 200 milhões para o governo ucraniano, que vive momento de alta tensão com a Rússia após a tentativa de incluir o país na OTAN — uma provocação contra o governo de Vladimir Putin.

O Kremlin exige medidas de segurança para se prevenir do governo pró-EUA na fronteira, mas a OTAN ignora. Os russos querem garantias de que a OTAN não aceite a Ucrânia como membro, mas não há indícios de que americanos e aliados aceitarão as exigências de Putin.

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Por isso, os russos têm enviado arsenal e soldados para a fronteira com o país, ameaçando invadir a Ucrânia caso a organização militar chefiada pelo governo norte-americano continue provocando. Segundo o governo de Joe Biden, a Rússia pode invadir a “qualquer momento”.

Os US$ 200 milhões enviados para o governo ucraniano foram a maior quantia enviada desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014 (medida de defesa após o golpe patrocinado pelos EUA na Ucrânia). Em 2014, em meio ao golpe, Putin ordenou que suas tropas tomassem a região da Crimeia, cuja população é majoritariamente russa. Na época, países ocidentais anunciaram sanções contra figuras ligadas ao Kremlin.

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A assistência, aprovada em meio à crescente tensão na região, com direito a ameaças de Vladimir Putin, foi divulgada nesta quarta-feira, 19, por um alto funcionário do Departamento de Estado americano à agência de notícias Reuters. O agente disse que o país se preocupa com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viajou a Kiev nesta quarta para encontros com autoridades locais.

O aporte financeiro é visto como mais uma tentativa americana de marcar posição no conflito envolvendo a Rússia e a OTAN. Moscou teme que o grupo avance para ainda mais perto de suas fronteiras, caso a Ucrânia venha a se juntar à organização. Hoje, o grupo já abriga os Estados bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia), entre outros países que foram alinhados à União Soviética.

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Blinken reforçou a ideia de que a Rússia poderia lançar um ataque à Ucrânia dentro de prazo muito curto. Além do aporte financeiro e técnico à Ucrânia, ele voltou a ameaçar Moscou com sanções caso a invasão seja, de fato, colocada em prática.

Negociações

Na próxima sexta, 21, Blinken se reúne com o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, em Viena. O americano prometeu "esforços diplomáticos implacáveis ​​para evitar novas agressões e promover o diálogo e a paz".

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O encontro é visto por analistas como um dos últimos para tentar amenizar a situação. "Salvo uma rendição dos EUA e a entrega da Ucrânia à Rússia, algum tipo de opção militar é quase inevitável agora", disse à Reuters Vladimir Frolov, ex-diplomata russo que hoje atua como analista de política externa.

Aumenta a tensão

Em pelo menos um ponto os dois lados concordam: as tensões na Ucrânia estão subindo. Cerca de 100 mil soldados russos continuam na fronteira, e Moscou enviou tropas e equipamentos militares para Belarus na segunda, 17, para exercícios conjuntos que devem começar em fevereiro. 

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"Sabemos que existem planos para aumentar ainda mais essa força em um prazo muito curto, e isso dá ao presidente Putin a capacidade de tomar rapidamente mais ações agressivas contra a Ucrânia", disse Blinken.

Ele, porém, não explicou com que rapidez a Rússia pode se mover. Analistas de segurança independentes dizem não acreditar que Moscou tenha reunido até agora as unidades logísticas e médicas necessárias para um ataque imediato.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que entregas de armas ocidentais para a Ucrânia, manobras militares e voos de aeronaves da OTAN são os culpados pelo aumento da tensão em torno da Ucrânia.

Na terça, 18, também como parte dos esforços diplomáticos para encontrar uma solução para a crise, a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, encontrou-se em Moscou com Lavrov, enquanto o premiê Olaf Scholz esteve com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

Baerbock disse que a Alemanha pode usar o Nord Stream 2, novo gasoduto que liga o país à Rússia, como arma política para frear as intenções do Kremlin. Lavrov, por sua vez, afirmou que "tentativas de politizar o projeto seriam contraprodutivas".

O Nord Stream 2 é o segundo ramal de um megaprojeto iniciado nos anos 2000. Duplica a capacidade de transporte de gás natural pelo mar Báltico, possibilitando à Rússia desviar o fornecimento que hoje é majoritariamente feito por meio da rival Ucrânia e da aliada Belarus. Atualmente, a certificação para a operação da estrutura está suspensa sob argumentos técnicos, segundo o governo alemão.

Stoltenberg disse ter convidado aliados e a Rússia para mais reuniões com o objetivo de discutir formas de melhorar a segurança na região, já que a última rodada terminou sem avanços.

Enquanto cresce o temor de um conflito, o Reino Unido anunciou nesta semana ter iniciado o fornecimento de armamentos antitanque para a Ucrânia. 

Na semana passada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, propôs uma reunião com seus homólogos americano e russo, o que ainda não tem data marcada. Já seu gabinete ressaltou que "a vida e a morte" do país estão em jogo.

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