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América Latina

Boric sofre dura derrota e extrema direita avança no Chile

Partido Republicano, de José Antonio Kast, terá 22 de 51 cadeiras na constituinte chilena

Candidatos à presidência do Chile, Gabriel Boric (à esquerda) e José Antonio Kast, posam para foto antes de debate em Santiago 13/12/2021 (Foto: Elvis Gonzalez/Pesquisa via Reuters)
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boric kast

247 – A ultradireita chilena derrotou o presidente Gabriel Boric, neste domingo, na escolha dos deputados da constituinte nas eleições deste domingo. Um bom balanço foi feito pelo professor Gilberto Maringoni, da Universidade Federal do ABC, em suas redes sociais.

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"O Partido Republicano, de extrema-direita fará individualmente o maior número de cadeiras na constituinte chilena. A agremiação de José Antonio Kast, que perdeu para Gabriel Boric a disputa de 2021, terá 22 assentos de um total de 51. É seguido pelo Unidad por Chile, da aliança governista de centroesquerda, que alcança 17 lugares e por Chile Seguro, também de direita, que conquistou 11. Haverá um representante dos povos originários, que somam 12% da população. O coletivo será paritário entre homens e mulheres. O conservadorismo terá 32 votos, obtendo o total de 3/5 para para aprovar qualquer proposta constitucional", postou Maringoni.

"É SITUAÇÃO GRAVÍSSIMA para a democracia. Se já era um pato manco, o governo Boric perde agora totalmente a capacidade de iniciativa e de definição da pauta nacional. Ocorre uma reversão da tendência de giro à esquerda manifestada em três oportunidades entre 2020-21: o plebiscito para a convocação original da convenção constituinte, a eleição dos delegados e a vitória de Gabriel Boric à presidência", acrescentou.

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"BORIC CONSTITUIU um governo ambíguo internamente e alinhado a Washington no plano externo. Eleito no impulso das movimentações sociais de 2019-20, não conseguiu corresponder às expectativas por mudanças. Isso se deu em especial por seu apego às políticas de austeridade fiscal. O governo nunca teve o controle pleno do aparato de segurança estatal e demorou quatro meses após a posse para apresentar medidas que melhorassem a vida do povo de forma imediata. A queda de popularidade foi acentuada ao longo de um ano de mandato", prosseguiu.

"SUA MAIOR DERROTA foi no plebiscito para a aprovação do anteprojeto da Carta, em setembro último. Sem comando claro - apesar dos progressistas contarem com 117 lugares em 155 -, foram aprovadas medidas que deram argumentos para uma  campanha conservadora, repleta de fake news. Entre elas estava a introdução do direito ao aborto na Carta Magna - algo inexistente em qualquer outro país - e a defesa de um Estado plurinacional. Não se contesta aqui a justeza ou não dos dois pontos, mas a forma como foram apresentados. A nova Constituição já chega com seu pré-projeto pronto: uma comissão de 24 "especialistas", indicada pela direção do Legislativo, de maioria conservadora, traçou as balizas para os cinco meses de prazo acordados para a apresentação da forma final da lei maior", finalizou.

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