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América Latina

FMI elogia plano de Milei, que empobrece os argentinos

Porta-voz da organização internacional afirmou que "ações estabelecem bases para crescimento sustentável". Plano, no entanto, prevê maxidesvalorização cambial e aumento da inflação

Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
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247 - O Fundo Monetário Internacional (FMI) expressou hoje seu apoio às medidas anunciadas pelo novo Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, em consonância com o presidente de extrema direita, Javier Milei. Em um pronunciamento divulgado nesta terça-feira (12), Julie Kozack, porta-voz do FMI, elogiou as ações - que envolvem cortes nos investimentos públicos e redução de ministérios e podem gerar o empobrecimento do povo argentino com uma maxidesvalorização cambial e um aumento significativo da inflação no país.

"Os funcionários do FMI acolhem positivamente as medidas anunciadas hoje pelo novo Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. Essas ações iniciais ousadas visam melhorar significativamente as finanças públicas de maneira a proteger os mais vulneráveis na sociedade e fortalecer o regime de câmbio. A implementação decisiva dessas medidas ajudará a estabilizar a economia e estabelecer as bases para um crescimento mais sustentável liderado pelo setor privado," afirmou Kozack.

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As medidas anunciadas incluem a desvalorização acentuada da moeda argentina, elevando o valor do dólar oficial para 800 pesos, uma cotação que mais que dobrou em relação à anterior, próxima a 350 pesos. Este movimento foi justificado como uma medida crucial para "evitar uma catástrofe econômica", conforme ressaltado pelo Ministro Caputo em sua mensagem gravada.

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Dentre as ações adicionais delineadas pelo governo, destacam-se um profundo corte nos gastos públicos e uma reforma do Estado, discutida até o último momento com o presidente Milei. Medidas como a não renovação de contratos de trabalho do Estado com menos de um ano de duração, a suspensão da verba publicitária por um ano, a redução drástica no número de ministérios e secretarias de Estado, e a minimização das transferências discricionárias para as províncias foram anunciadas como parte do plano de ajuste econômico.

Caputo ressaltou a gravidade da situação econômica atual, citando um déficit fiscal que supera os 5,5 pontos do PIB e alertando para o risco de hiperinflação, com a inflação já atingindo 300% ao ano. O ministro enfatizou que a situação pode piorar antes de melhorar e citou o discurso de posse de Milei, que falava sobre a possibilidade de inflação atingir níveis astronômicos de 15.000% ao ano.

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