Bolivianos se mobilizam contra oposição golpista e em apoio ao governo de Arce
Organizações sindicais aderem a uma marcha de 200 quilômetros em defesa da democracia e do governo eleito nas urnas
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TeleSur - Milhares de pessoas se reunem desde a madrugada desta quarta-feira na fronteira entre as cidades bolivianas de La Paz e El Alto, para manifestar seu apoio ao governo do presidente Luis Arce e rejeitar a tentativa de golpe de Estado promovida pela direita local.
Espera-se que os participantes da mobilização considerem as possíveis ações que tomarão para defender a democracia.
Entre eles, nas últimas horas foi mencionado que a Central Obrera Boliviana (COB) e organizações afins participarão, a partir do próximo dia 23 de novembro, na marcha de 200 km convocada pelo Movimento ao Socialismo (MAS) entre o município de Caracollo, em o departamento de Oruro, para La Paz.
Segundo o dirigente da COB, Juan Carlos Huarachi, através da marcha vão exigir do Executivo de forma aberta e pública a prisão dos autores intelectuais do golpe de Estado de novembro de 2019 e dos recentes atos de desestabilização.
Anteriormente, o ex-presidente e líder do MAS, Evo Morales, havia anunciado que a marcha serviria para proteger a democracia, restaurada após a vitória popular nas eleições de outubro de 2020, e apoiar Arce.
Para Huarachi, a direita tem uma agenda política e busca pretextos para realizar um novo golpe, aludindo à recente greve por tempo indeterminado promovida pelos chamados comitês cívicos de Santa Cruz e Potosí.
Ele lembrou que as duas comissões começaram por exigir a revogação da lei contra lucros ilícitos, revogada nesta terça-feira pelo governo, e depois incorporaram outras demandas, incluindo a restituição na Câmara dos Deputados da exigência de dois terços para aprovar as leis, em vez de fazê-lo por maioria de votos, conforme estabelece a Constituição Política do Estado Boliviano.
Na véspera, em assembleia do COB e de mais de 60 organizações sindicais filiadas, foi acordado solicitar ao governo que sancione judicialmente os promotores das recentes ações de desestabilização.
Governo avalia prejuízo da paralisação
Por sua vez, o Executivo fez um apelo ao país para que volte à normalidade para melhorar a situação da economia, que foi fortemente afetada durante o mandato de um ano do governo golpista de Jeanine Áñez.
O presidente Luis Arce informou por meio do Twitter que o Gabinete Ministerial está avaliando nesta quarta-feira as perdas causadas pela greve em algumas cidades e analisando medidas para revertê-las.
Arce garantiu que “com trabalho e união seguiremos avançando no caminho do desenvolvimento”.
Dias atrás, o ministro das Obras Públicas, Serviços e Habitação, Edgar Montaño, informou que a paralisação das atividades causa ao país um prejuízo diário de cerca de 112 milhões de dólares.
Além disso, lembrou que parte desses recursos são destinados a programas sociais, como os vínculos sociais Juancito Pinto, Juana Azurduy e Renta Dignidad, que proporcionam benefícios a estudantes, gestantes e idosos.
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